Nesta segunda-feira (10), o presidente Donald Trump assinou o decreto que prevê uma taxação de 25% sobre o aço e alumínio importados pelos Estados Unidos. A medida tem forte reflexo no Brasil. A indústria brasileira é a segunda maior exportadora para os norte-americanos, atrás apenas do Canadá. Coreia do Sul, União Europeia e México também serão afetados pelo ato protecionista.
A inciativa do governo americano provocará um impacto de US$ 6 bilhões nas exportações nacionais. O republicano não acredita no poder de reação dos estados atingidos pela tarifação. “Eu não importo (com a possibilidade de retaliação). Na verdade, esses países não podem realmente retaliar”, desdenhou. A estratégia de Trump é mais abrangente porque procura impedir que China e Rússia exportem produtos siderúrgicos para Canadá e México.
Um comunicado oficial da Casa Branca justificou a ação do governo: “restaurar a força das indústrias americanas do aço e alumínio e colocar fim à exploração que mina os trabalhadores americanos”.
O presidente aproveitou a oportunidade para ameaçar o planeta. “Faremos os EUA ricos de novo. O nosso país estava sendo enganado por inimigos e aliados. Precisamos proteger o setor e isso vai valer para todos os países. A produção precisa voltar aos EUA”, assinalou.
Os americanos têm consolidada parceria comercial com o Brasil no negócio do aço. Levantamento da Câmara de Comércio Brasil EUA mostra que, em 2024, o país vendeu US$ 11,4 bilhões no setor de ferro e aço para o mundo, sendo 48%(US$ 5,7 bilhões) para os Estados Unidos.
A sobretaxação do aço e alumínio provocará os seguintes impactos na economia brasileira: queda na produção, elevação do índice de desemprego e aumento do dólar, com reflexos no processo inflacionário.
* Fonte: UOL