A tarde deste sábado (11) reservou um confronto de opostos pelas semifinais do Campeonato Mineiro. Um criticado Cruzeiro recebeu, em Sete Lagoas, um embalado América. E se o futebol costuma apresentar muitas surpresas, isso não aconteceu na Arena do Jacaré. Diante de um estádio lotado, o Coelho impôs sua superioridade, venceu por 2 a 0 e ficou muito próximo da final do estadual.
O placar reflete bem o momento dos dois clubes. Enquanto o Cruzeiro parecia fazer força para jogar, o América levitava. Se Ian Luccas, Ramiro e Nikão não conseguiam conectar meio e ataque, Juninho colocou a bola debaixo do braço e foi o melhor em campo, com um gol e uma assistência. É difícil esperar uma reviravolta no segundo jogo, cuja data e horário ainda serão decididos.
Primeiro tempo
Apesar do forte calor em Sete Lagoas, o Cruzeiro impôs um ritmo forte nos primeiros 15 minutos. Porém, nenhuma chance clara foi criada pelo time de Paulo Pezzolano. Já o América, aos poucos, foi entrando no jogo e conseguiu seu gol aos 24 minutos. Após lançamento de Matheusinho, Juninho infiltrou na aréa e escorou, de cabeça, para Aloísio. O “Boi bandido” chutou com categoria e abriu o placar para o Coelho. Apática, a marcação celeste apenas assistiu a bela troca de passes adversária.
Segundo tempo
Assim como na primeira etapa, o Cruzeiro iniciou os últimos 45 (ou 56) minutos pressionando. Porém, além de seguir sem ameaçar Matheus Cavicchioli, concedia muitos espaços ao América, que desperdiçava vários contra ataques.
No entanto, com extrema naturalidade, os comandados de Vagner Mancini chegaram ao segundo gol aos 24 minutos do segundo tempo. Felipe Azevedo recebeu pela esquerda, cruzou na área e Juninho, completamente desmarcado, colocou a bola para dentro. Após o tento, o Cruzeiro ficou ainda mais nervoso, enquanto o América tentava cadenciar a partida.
Aos 30 minutos, um sopro de esperança para o cruzeirense. Em lance polêmico, o árbitro Paulo Cesar Zanovelli deu pênalti de Iago Maidana em Gilberto. Após sete minutos de paralisação e muitas revisões, o pênalti foi anulado por conta de um claro impedimento do centroavante celeste no início do lance. Um golpe duro para quem já não tinha onde se segurar.
A longa paralisação, aliada a outras paradas, resultou em 12 minutos de acréscimos, que para pouco serviram. Ao apito final, ambos pareciam aliviados. O América, pelo ótimo placar conquistado no primeiro jogo, e o Cruzeiro, que corria atrás da bola e se livrou de uma goleada. A Arena do Jacaré, palco de outro clássico com resultado surpreendente há 12 anos, deu moradia ao óbvio na tarde deste sábado.