A exemplo de sororidade, mulheres de Itabira estão movimentando as redes sociais em apoio a empresária Taty Monteiro, vítima de violência cometida pelo ex-companheiro na última semana. Após sofrer agressões, ela publicou em seu Instagram fotos dos hematomas deixados pelo agressor, depois de ser espancada em seu local de trabalho. Na publicação, Taty Monteiro sinalizou as hashtags #leimariadapenha e #ninguémsoltaamãodeninguem na busca por justiça. Até o momento, o acusado ainda não respondeu à polícia.
Assim como Taty Monteiro, mais de 500 mulheres foram agredidas fisicamente a cada hora em 2018 no Brasil. De acordo com o levantamento do Datafolha, encomendado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 16 milhões de mulheres acima de 16 anos sofreram algum tipo de violência: 3% ao se divertir num bar, 8% no trabalho, 8% na internet, 29% na rua e 42% em casa.
A publicação de Taty Monteiro já ultrapassou os 4 mil comentários e alcançou dezenas de mulheres. No texto, ela diz que o ex-companheiro a ameaçou de morte e afirmou que iria “rachar sua cabeça”. “Foram essas frases que ouvi durante o período que fui covardemente espancada pelo meu ex-companheiro no meu trabalho. Me ajudem a fazer a justiça, ele ainda está solto”, pediu a empresária.
O caso tem mobilizado mulheres de Itabira e outras cidades. Lideranças políticas do município também se manifestaram. As mensagens prestam apoio a Taty Monteiro e afirmam que não há qualquer justificativa para as agressões. Também há pedidos de justiça e por atuação dos órgãos de segurança e do Judiciário.
Em Itabira, só neste início do ano, foram registradas mais duas ocorrências de agressões que geraram comoção. Uma mulher desmaiou após ser agredida pelo companheiro no início de janeiro. Já na madrugada do dia 19 de janeiro, uma jovem teve parte da orelha arrancada pelo namorado ao ser agredida dentro de um carro.