A Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ) prendeu na noite de terça-feira (4) a suspeita de matar com brigadeirão envenenado o empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, de 45 anos, no Rio de Janeiro. O caso está sendo investigado desde o dia 20 de maio.
De acordo com a 25ª DP (Engenho Novo), após trabalho investigativo da unidade e diversas diligências para localizar a autora, vendo o cerco se fechando, a mulher informou por meio de sua defesa que iria se entregar.
Ainda de acordo com a polícia, ela foi detida no bairro de Santa Teresa, na região central do Rio. “Conduzida à delegacia, ela optou pelo direito de permanecer em silêncio. Contra a autora, foi cumprido um mandado de prisão temporária por homicídio qualificado”, disse a corporação.
A mulher, que chegou a ser considerada foragida da Justiça, havia prestado depoimento à polícia, anteriormente, alegando que não tinha conhecimento da morte de Ormond. Imagens de câmeras de segurança mostraram, no entanto, que ela esteve no apartamento em mais de uma ocasião quando o homem já estava morto. Vendeu, inclusive, o carro dele com a ajuda de um comparsa.
A suspeita é de que ele tenha sido envenenado pela namorada no apartamento onde morava, no bairro do Engenho Novo, zona Norte carioca. Quando foi descoberto, o corpo da vítima já estava em avançado estado de decomposição. O empresário não era visto desde o dia 17, quando recebeu da mulher um brigadeirão envenenado.
Em entrevista à TV Globo, o delegado Marcos Buss, titular da 25ª DP, disse que a motivação do crime é financeira. A suspeita é que a mulher tenha matado o companheiro para ficar com bens dele. “Nós temos elementos que ela estava em processo de formalização de uma união estável com a vítima. Mas, em determinado momento, o que nos parece, é que a vítima desistiu da formalização da união”, disse.
“A gente avançou muito nas investigações, mas ainda há muito trabalho a ser feito. Nós estamos em contato direto com o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, que está acompanhando de perto as investigações. Já recuperamos o automóvel da vítima. Já recuperamos alguns bens da vítima”, acrescentou o delegado.
Com relação aos outros suspeitos de envolvimento no caso, uma outra mulher também que teria envolvimento no crime foi presa temporariamente na quarta-feira (29). À polícia, ela confessou ter ajudado a suspeita a se desfazer dos pertences da vítima, e disse que a autora teria uma dívida de R$ 600 mil com ela. O homem que carregava também o computador e o celular da vítima foi preso em flagrante.
A defesa dos suspeitos não foi localizada. O espaço permanece aberto para manifestação.