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Tamanduá-bandeira é resgatado em residência após fugir de queimada em Varginha

O tamanduá-bandeira é um mamífero e seu nome científico é Myrmecophaga tridactyla. Foto: CBMMG

Um tamanduá-bandeira foi resgatado pelo Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) na noite de ontem (9) em uma residência de Varginha, no Sul de Minas. Segundo o CBMMG, houve uma queimada no mesmo dia próxima ao local onde o bicho foi encontrado.

O tamanduá foi encaminhado sem ferimentos aparentes para a avaliação veterinária hoje (10) e deve ser solto posteriormente em seu habitat. O CBMMG informou que o tamanduá-bandeira estava transitando pela rua e acabou entrando em um condomínio. Ele subiu as escadas do imóvel e ficou acuado em um corredor do prédio. “Apesar de ser um animal aparentemente dócil, é muito perigoso se aproximar sem equipamentos e técnicas de contenção devido as suas garras, principalmente se estiver acuado”, alegou o Corpo de Bombeiros.

As alterações humanas ao meio ambiente tem feito esses animais silvestres entrarem em residências urbanas. O biólogo Helter Carlos explica que, além das queimadas, o crescimento das áreas urbanas e o aumento das monoculturas levam essas animais a procurarem alimento ou moradia em centros urbanos. “Muitos animais silvestres se adaptaram ao ambiente urbano pela facilidade em encontrar alimento, principalmente, proveniente do nosso lixo. Ou se alimentando de outros animais que estão relacionados com a presença humana, como baratas, ratos e pombos”, explica o biólogo.

O bicho

O tamanduá-bandeira tem o nome científico Myrmecophaga tridactyla e é um mamífero que pode medir de 1,80 a 2,20m pesando até 45 kg. Encontrado em toda América do Sul, tem preferência por áreas abertas como cerrado e campos limpos, podendo também ser encontrado com menor incidência em áreas florestais.

O animal tem um hábito tranquilo e não causa perigo para o ser humano, já que se alimenta prioritariamente de insetos, como formigas e cupins. “Quando ele encontra um cupinzeiro ou formigueiro, ele utiliza sua língua para capturar o máximo de insetos possível e, em pouco tempo, continua sua caminhada até encontrar outro ninho de insetos”, explica o biólogo Helter Carlos.

 

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