Na tarde dessa sexta-feira (22), o Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque-MG) anunciou que a greve dos tanqueiros foi suspensa cerca de 39 horas após seu início.
O presidente do sindicato, Irani Gomes, anunciou a medida. “Após a sensibilidade das distribuidoras junto às transportadoras de combustível, eles resolveram suspender a paralisação até o momento, mas ainda aguardam uma posição do governo do Estado referente às alíquotas do ICMS”, disse, em vídeo divulgado à imprensa. O sindicato ainda não deu mais detalhes sobre o acordo com as distribuidoras.
A paralisação dos tanqueiros começou oficialmente à meia-noite de quinta (21) e pegou postos de combustível e motoristas de surpresa. Como em outras greves neste ano, o Sindtanque-MG reivindica redução do ICMS cobrado pelo governo do Estado sobre os combustíveis e protesta contra os preços praticados pela Petrobras.
Eles se concentraram na porta de distribuidoras de combustível da Grande BH e, desde quinta, o movimento causou falta de combustível em alguns postos da capital e região, inclusive pressionando o preço da gasolina. O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro) avalia que, com a suspensão da greve, o abastecimento dos postos deve voltar ao normal em 24 horas. “As bases estão abertas e os caminhões já começam a ser abastecidos normalmente”, diz, por meio de nota.
Procurado pela reportagem do jornal O Tempo, o governo de Minas não respondeu se teria reunião com os tanqueiros. Mas, como em outras greves, afirmou que o preço elevado dos combustíveis não é devido à alíquota do ICMS, que não sofreu mudanças nos últimos anos, e sim à política de preços praticada pela Petrobras.
* Conteúdo O Tempo