Foi realizada nessa terça-feira (27) uma coletiva de imprensa convocada pelo prefeito de João Monlevade, Dr. Laércio Ribeiro (PT). O líder foi questionado pelo Portal DeFato sobre a situação do comércio local em detrimento da pandemia. Ademais, tocou em pontos como variedade de decretos restritivos para a reabertura.
A Câmara dos Lojistas de João Monlevade (CDL-JM) realizou uma pesquisa divulgada em abril, que fornece uma dimensão da crise provocada pela pandemia da Covid-19. Conforme a entidade, de 126 empresas consultadas no município, 71% dela já demitiu ou demitirá funcionários no futuro mais imediato. Das empresas, 68% não havia quitado os salários de março dos empregados.
Além disso, 42% dos entrevistados não terá acesso a empréstimos da rede bancária, segundo a pesquisa. Outro ponto levantado foi que grande parte das empresas está incluída nas listas de proteção ao crédito, comprometidas, principalmente, pelos pagamentos de água e eletricidade. O fornecimento desses serviços pode ser cortado das pessoas jurídicas mesmo durante a pandemia da Covid-19.
Dr. Laércio Ribeiro foi questionado sobre como está sendo a relação do Executivo com os comerciantes, a CDL e a Acimon.
“Eu também vi essa pesquisa. Nosso relacionamento é muito bom. Infelizmente o que tem acontecido com os pequenos negócios é muito difícil, eles são os mais penalizados. Temos supermercados que vendem tudo, até roupas. Farmácias vendem todos os produtos também. E os pequenos comerciantes que entram como serviço não essencial? É complicada a situação”, conclui.
Além disso, Laércio reiterou que conversa cotidianamente com os comerciantes e entidades buscando decisões conjuntas.
“A Onda Roxa é controlada pelo Estado. Não tem como descumprirmos as ordens que estão vindo, é impositiva. A promotora mandou para gente uma carta em que não deixava os Centro de Formação de Condutores (CFC’s) atuarem de forma individual, com marcação. Nos últimos dias a gente vê que o controle dessas ondas passou a ser político”, enfatiza Laércio.
Já o vice-prefeito, Fabrício Lopes (Avante), também tomou a palavra e mostrou o que o Executivo tem planejado e procurado para diminuir as mazelas entre os comerciantes neste período.
“Nós da Secretaria de Planejamento estamos fazendo o plano de retomada econômica. Tivemos reuniões com o pessoal do Sebrae. Queremos facilitar algumas documentações para crédito especial dos comerciantes com os bancos. Estamos estudando e conversando com as entidades para darmos auxílio e ajudar os pequenos empreendedores locais”, finaliza Fabrício.
Para concluir a questão do comércio em João Monlevade, Laércio ressaltou que a procuradoria jurídica da Prefeitura entrou com uma ação na justiça.
“Como nós ficamos na Onda Roxa e algumas cidades entraram na Onda Vermelha, como Governador Valadares, Ipatinga e Coronel Fabriciano? Não faz sentido, os dados da pandemia não dão a concluir que isso é o certo. Passou um pouco da área técnica para o âmbito político. Entramos na justiça para olharmos a questão econômica. O prioritário são as vidas, mas o comércio também não pode ser deixado de lado porque é o sustento de muitos”, enfatizou Laércio.
Boa notícia
Laércio também anunciou que irá antecipar 50% do pagamento do 13° salário dos servidores públicos juntos ao vencimento de abril. Hoje, mais de 7 milhões foram injetados na praça, o que segundo ele “dará um alento ao comércio monlevadense”. Com isso, o Executivo busca reanimar o comércio com a chegada do Dia das Mães.