O predomínio do tempo seco no outono pode trazer alguns prejuízos para reservas ambientais. Os incêndios são causados, na maioria das vezes, pela ação humana e são espalhados mais facilmente devido à baixa umidade do ar.
De acordo com Alex Oliveira, responsável pelo Parque do Limoeiro, no distrito de Ipoema, os incêndios começam, na maioria das vezes, de forma intencional. Isso pode acontecer de forma direta, ou seja, colocado por um piromaníaco, ou indireta, como jogar pontas de cigarro nas margens das estradas.
Com o tempo seco, o risco de aumento dos focos de incêndio aumentam. Alex explica que o ambiente florestal é mais propício, pois a vegetação seca e a baixa umidade do ar facilitam a propagação das chamas: “A relação da umidade relativa do ar com as ocorrências é bem parecida, pois quanto maior a umidade do ar, menor a presença de focos de incêndio, visto que o ar mais seco proporciona, sobretudo no material combustível morto uma maior propensão à ocorrência e alastramento do fogo”.
Prevenção
Novos brigadistas
A contratação de brigadistas para o Parque do Limoeiro já acontece há anos pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF). Neste ano, o parque estabeleceu uma parceria com o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) para reforçar a equipe.
O CBMMG ficará responsável por treinar e coordenar as ações de prevenção e combate a incêndios florestais caso haja essa necessidade. O edital da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) abriu sete vagas para o Parque do Limoeiro.
Incêndio de 2022
A atuação na Mata do Limoeiro recebe importância após o grande incêndio que ocorreu no parque em 2022. Na ocasião, um filhote de lobo guará chegou a ser resgatado com as patas queimadas. Além do trabalho de apagar o fogo e evitar que ele retorne, o Corpo de Bombeiros também foi responsável por garantir a alimentação de animais que sobreviveram ao incêndio.
Além de novos brigadistas, o tenente Jocélio de Souza, comandante do 26º pelotão de Itabira, informou que também há treinamento para atuação voluntária em grandes ocorrências como a de 2022. “Em grande operação, é necessário o empenho de várias pessoas em várias frentes, então a gente aciona as unidades que podem nos apoiar e são enviadas mais militares”, explica.