O plano Recupera Minas, que destinará cerca de R$ 600 milhões em recursos estaduais para ações de infraestrutura e suporte à pessoas e cidades afetadas pelos fortes temporais no estado, reservará R$ 182 milhões para a construção ou reconstrução de moradias populares em localidades afetadas pelas chuvas. Os detalhes do plano foram anunciados, nesta terça-feira (18), por Romeu Zema (Novo), por meio de uma entrevista coletiva virtual, já que o governador testou positivo para Covid-19.
Os recursos estarão disponíveis via financiamento, com juros abaixo dos praticados pelo mercado, do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) às prefeituras por meio da linha BDMG Solidário.
Serão fornecidos modelos de projetos de arquitetura e instalações, com kits contendo a relação, quantitativo e especificações de materiais de construção, para auxiliar na futura execução das unidades habitacionais. O BDMG também ofertará financiamento com juros abaixo do valor de mercado e carência estendida a micro e pequenas empresas afetadas pelos estragos causados pelas chuvas.
Governo federal
Durante a apresentação do plano, o secretário-geral de Estado, Mateus Simões, enfatizou que o governador Zema enviou ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), um pedido de ajuda da ordem de R$ 900 milhões.
O secretário explicou que o montante esperado é de extrema importância para a reconstrução dos municípios mineiros, sobretudo das moradias. “Conseguiremos com os R$ 600 milhões recuperar nossa infraestrutura, mas a parte da infraestrutura que é municipal, numa suplementação que é na construção das casas, depende do aporte dos recursos federais”, ponderou.
Segundo Simões, secretários de Minas vão nesta semana a Brasília em busca de recursos federais para chuvas. “No último fim de semana enviamos ofícios pedindo agendamento de reuniões emergenciais dos nossos secretários, em Brasília, que acontecerão ainda nesta semana, para garantir que Minas receba o dinheiro que lhe é devido. Não podemos ficar sem a assistência do governo federal. Esses R$ 900 milhões têm que chegar”, disse.