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Torcedor da Galoucura que matou integrante da Máfia Azul é denunciado pelo MP

Como nascem as perigosas alianças entre as torcidas organizadas no Brasil

Torcedor cruzeirense baleado em briga de torcidas não resistiu aos ferimentos. Foto: Reprodução / Internet

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou um integrante da torcida organizada Galoucura por homicídio qualificado de Rodrigo Marlon Caetano de Andrade, cruzeirense da Máfia Azul.  O denunciado atirou contra a vítima em um confronto entre as torcidas antes do jogo entre Atlético e Cruzeiro, no dia 6 de março.

O homem denunciado também atingiu outra vítima, que sofreu lesões corporais. Segundo a Denúncia, integrantes da Galoucura Zona Leste combinaram um encontro no bairro Boa Vista, antes do jogo entre Atlético e Cruzeiro, que aconteceria no Mineirão. Nas proximidades do local do encontro, havia uma distribuidora de bebidas, onde os torcedores compravam bebidas e conversavam.

Por volta das 11 horas, um grupo de torcedores da Máfia Azul chegou ao local, atirando pedras, porretes, pedaços de pau e artefatos explosivos artesanais contra os torcedores atleticanos, que revidaram nos mesmos moldes, criando uma briga generalizada.

O denunciado sacou arma de fogo que portava ilegalmente e atirou contra a torcida rival, matando Rodrigo Marlon Caetano de Andrade e atingindo outro torcedor cruzeirense. Após os crimes, ele ainda apontou a arma novamente em direção a outros torcedores rivais, sendo impedido pelos colegas de torcida de atirar novamente.

A vítima chegou a ser socorrida e levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Leste onde recebeu o primeiro atendimento. Depois, ele foi encaminhado para o Hospital João XXIII mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Denúncia do MPMG

A Denúncia considerou que os crimes foram cometidos por motivo torpe e podem ser definidos como crimes de ódio, praticados com recurso que dificultou a defesa das vítimas, que não poderiam esperar que houvesse uso de armas de fogo por integrantes da torcida rival. A pena pode chegar a 30 anos de reclusão.

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