Trabalhadores da Vale, em Itabira, votam nesta quarta-feira (27) a proposta da empresa para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT-2019/2020). Organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Extração do Ferro e Metais Básicos de Itabira e Região (Metabase), as assembleias de votação acontecem na quadra do Clube da Associação dos Técnicos Industriais da Vale (Ativa). A mineradora ofereceu reajuste salarial de 3,5%, com vigência a partir do mês de assinatura do acordo.
Pela manhã, cerca de três mil funcionários participaram da assembleia. Gerentes e diretores da Vale não tiveram direito a voto. A apuração de todos os votos acontece após a segunda assembleia, no fim da tarde.
Além do reajuste, a empresa propôs aumento do cartão alimentação para R$ 760 e pagamento do 13º crédito do cartão, em até 10 dias úteis após assinatura do Acordo Coletivo. Outra proposta feita pela Vale é a manutenção dos benefícios e reajuste das referências financeiras em 100% da variação do INPC. Além disso, a Vale assumiu o compromisso de negociar a PLR 2020 em janeiro, depois da celebração do acordo coletivo. As propostas devem ser apresentadas aos trabalhadores em assembleia.
“Essa proposta está abaixo do que a empresa pode dar. É uma proposta muito ruim e abaixo do que esperamos. Depois de recusar por três vezes na mesa de negociação, chegou a hora de colocarmos o trabalhador para participar deste processo. Quem determina os rumos do acordo coletivo agora é o empregado”, destacou o vice-presidente do Metabase, Carlos Estevam “Cacá”.
Segundo ele, a Vale propõe ainda que os funcionários administrativos trabalhem home office. Ou seja, de casa. Cacá afirma que a mineradora não explicou como seria este modelo de trabalho. “Nós não gostaríamos que isso acontecesse”, declarou o sindicalista ao frisar o que chamou de retirada de direitos.