Moradores de Itabira relataram ter sentido um tremor de terra em diversos pontos da cidade, na tarde desta quarta-feira (19), por volta das 16h50. Com o ocorrido, houve vibração de janelas, portas e demais itens em vários bairros, como: Vila Amélia, Areão, Esplanada da Estação, Centro, Amazonas, entre outros. De acordo com pelo menos duas moradoras em contato com a DeFato, o tremor foi ocasionado devido a uma detonação nas Minas do Meio. A Defesa Civil Municipal informou que recebeu pelo menos uma queixa sobre tremores, mas ainda desconhece o motivo. Procurada pela reportagem para emitir posicionamento oficial e confirmar se o ocorrido se deu em função de alguma explosão ocorrida em suas áreas, a Vale ainda não se manifestou a respeito.
Kelly Moreira, seguidora da DeFato, foi quem enviou a imagem de capa da matéria. De acordo com a engenheira civil, a detonação na área da Vale fez com que o prédio onde ela reside tremesse e causasse preocupação aos moradores. Kelly também questionou se há – e como é feito – o monitoramento das explosões realizadas pela Vale, e se há algum risco aos prédios da cidade.
Jiane Lage, moradora da Vila Amélia, afirmou que o tremor foi muito forte no bairro, fazendo com que as paredes, o chão, portas e janelas da sua casa começassem a vibrar. ‘‘A casa parecia se deslocar levemente de um lado para o outro. Chega a dar medo. Parece que a casa vai cair’’, comentou assustada.
Após o contato com a DeFato, Junia disse que também soube de tremores em outros pontos da cidade, como: Vila São Joaquim, Campestre, Conceição e demais locais.
Nas redes sociais, outros itabiranos relataram ter sentido o tremor. Confira:
Gente que medo desse tremor que deu em Itabira agora
— Thabata Basílio (@BasilioThabata) July 19, 2023
Q caralho de tremor foi esse aqui em Itabira
— Chernoduza (@Fatgirlmee) July 19, 2023
Cidade teve tremor em 2014
Em novembro de 2014, um tremor de terra foi registrado em Itabira, e atingiu escala 2.3 de magnitude. Na época, a reportagem da DeFato conversou com o professor do Instituto de Geociências da Universidade de Brasília, George Sande França. Ele explicou que o abalo de pequenas proporções foi registrado por volta de 3h50 e que sua proporção foi de apenas 2,3. “Era muito pouco, mas as pessoas sentiram por acontecer muito próximo à cidade”, comentou. Em setembro daquele ano um registro apontou um abalo de 3.2 em Itabira, mas não houve repercussão na cidade.