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Tropeirismo em Itabira: tema será incluído na base diversificada da Rede Municipal de Educação; saiba mais

Tropeirismo em Itabira: tema será incluído na base diversificada da Rede Municipal de Educação; saiba mais

Foto: Museu do Tropeiro - Reprodução: Guia da Estrada Real

Em outubro, a Câmara de Vereadores de Itabira aprovou o projeto de lei que insere o “Estudo do Tropeirismo” na base diversificada da educação municipal. A autoria partiu do poder Executivo, representado pelo prefeito Marco Antônio Lage (PSB). Com o intuito de preservar a memória e a cultura tropeira, o plano é inserir de maneira efetiva o tema no cotidiano das disciplinas escolares, além de estabelecer parcerias com instituições que desenvolvam o tropeirismo. 

Tropeirismo na educação

Incluir o tema nas escolas do município faz com que os alunos reconheçam a própria identidade local, reafirmando sua importância e promovendo o resgate da cultura e da ancestralidade.

Carolina Peixoto Magalhães, superintendente de Comércio e Turismo, ressaltou a importância de abordar o tema nas escolas:

“Esse conteúdo conecta os estudantes às origens de Itabira e à história de Minas Gerais, promovendo uma educação que valoriza o patrimônio local e desenvolve a consciência crítica dos alunos sobre sua própria história e comunidade”, comenta.

Edna Carvalho, secretária municipal de Educação, informou que, de uma forma geral, esse estudo já é abordado nas escolas, nas disciplinas de Geografia e História, uma vez que o conteúdo remete a Itabira. Ela também destacou a importância das atividades propostas aos alunos:

 “Atividades que permitem aos alunos conhecer a história do tropeirismo, o vocabulário usado, como se alimentavam, como se vestiam e a importância dos tropeiros para a expansão das cidades no interior do País, bem como para o comércio”, explica.

 

Foto: Créditos – Breno Matias e Lucas Nishimoto – Reprodução: Instituto Estrada Real

Museu do Tropeiro em destaque

A princípio, o PL 31/2023 também dispõe sobre a possibilidade de convênios com entidades atuantes no estudo e trabalho da preservação da cultura tropeira. Carolina Peixoto evidenciou que, como o Museu do Tropeiro possui um dos maiores acervos culturais e atua na promoção da preservação histórica do tropeirismo, é natural que ele faça parte das parcerias entre as escolas e o poder Executivo.

A superintendente de comércio e turismo contou que está em andamento uma proposta de requalificação do museu para o ano de 2025, que inclui a revitalização do espaço e uma nova estrutura museográfica, com o objetivo de criar uma exposição permanente.

“A grande novidade será a implantação de um novo espaço educativo, transformando o museu em um ambiente de aprendizado ativo, com programas interativos que favoreçam a reflexão e a transformação cultural. O objetivo é integrar o museu ao sistema educacional de forma mais eficaz, oferecendo experiências educativas enriquecedoras para os alunos”, explicou.

Carolina Peixoto também reforçou a importância de formar parcerias entre o museu e a Secretaria de Educação para a construção de um aprendizado contínuo e eficaz. 

“Através dessa colaboração, os alunos terão acesso a programas educativos, capacitação para professores, visitas pedagógicas e ações inclusivas. Isso vai fortalecer a formação cultural dos estudantes e ampliar o impacto social do museu, tornando-o um centro de educação e cultura para toda a comunidade”, complementou a superintendente de comércio e turismo.

Herança histórica

O tropeirismo foi mais do que uma atividade comercial; para além disso, tornou-se um movimento fundamental para o desenvolvimento da economia do País, ocupou os espaços rurais e desenvolveu pequenas civilizações durante o ciclo do ouro no período colonial.

As tropas eram formadas por homens que conduziam mulas, transportando os mais diversos tipos de mercadorias. Eles também tinham a responsabilidade de levar notícias para localidades distantes, uma vez que os meios de transporte eram limitados.

Em 2003, foi inaugurado o Museu do Tropeiro no distrito de Ipoema como uma forma de manter viva a memória de luta dos povos que fizeram parte da construção do Brasil. Apesar disso, somente com a Lei 5.331, de 28 de outubro de 2021, o espaço foi legalmente registrado.

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