O Festival Internacional de Jazz de Ouro Preto – Tudo é Jazz – completa 20 anos este ano e sai da sua terra natal, chegando até Catas Altas. O festival vai agitar a cidade neste sábado (13) com show, roda de conversa, oficinas e shows musicais.
A programação gratuita, que acontecerá debaixo do Flamboyant na Praça da Matriz, começará às 15 horas, com uma roda de conversa conduzida pelo mestre ferreiro, músico, professor e mestre em Educação, Diego Fernandes, que abordará “A Musicalidade Afro e seu legado ancestral”.
“A música é a arte que movimenta a cultura, o corpo e a imaginação. O Tambor, sua história, filosofia e estética, engrandeceram a arte no mundo. Por sua vez, os ritmos africanos, atravessaram oceanos, chegaram na América, e inspiraram movimentos sociais, artes plásticas, teatro, carnavais e até livros didáticos”, explica Diego Fernandes.
Segundo ele, a roda de conversa tem como principal objetivo discutir um pouco da história da música vinda da Diáspora Africana, sua influência nos gêneros musicais, conteúdo e debate. Na ocasião, Fernandes vai apresentar um pouco de sua tese de Mestrado pela Universidade Federal de São Paulo, para a qual pesquisou sobre os Movimentos Musicais e Sociais negros.
A oficina de Forja de tambores a partir do ferro será às 16 horas e a oficina de percussão e tambores acontecerá às 17 horas. Ambas oferecerão a experiência dos Worksongs e dos Vissungos, através dos ritmos no Tambor e do trabalho do ferro na Forja e serão proferidas pelos mestres ferreiros Diego Fernandes e Marcos Cecéu.
Os Worksongs são músicas afro-estadunidenses que desembarcaram por lá no período da escravidão. Eram melodias cantadas em seus trabalhos, utilizadas para coordenar o tempo, para passar informações e vivências e para tornar-se um pouco mais leve sua execução. Os Worksongs formam raízes importantes e essenciais do jazz e do blues.
Os Vissungos são músicas afro-brasileiras, em língua africana que foram utilizadas principalmente nos serviços de mineração em Minas Gerais. Essa tradição se perpetua até os dias de hoje, nos festejos e nas cantorias diárias.
“A compreensão da cultura do trabalho em ferro é extremante importante para que se compreenda a formação da cultura brasileira. O africano trouxe para o Brasil toda a sabedoria técnica e filosófica desta arte milenar. As relações com o trabalho em ferro na forja transcendiam a materialidade e se expressava também no mundo cósmico e sensorial”, pontua Diego Fernandes.
Para participar das oficinas, roda de conversa e aula gratuitas é necessária a inscrição prévia, que deve ser feita pelo Whatsapp: 31- 99793-5254. Mas, caso tenha vaga no momento das atividades, basta o interessado se apresentar.
Shows
A programação do Tudo é Jazz seguirá com o show, às 19 horas, do SambaPretoChoroJazZ, que reúne alunos da Escola de Música Samba Preto Choro Jazz, de Ouro Preto, tocando instrumentos construídos pelos próprios estudantes que fazem um som extremamente original.
SambaPretoChoroJazZ surgiu em 2014, quando os músicos Diego Fernandes e Cássio Marcelo fundaram a banda “SambaPretoChoroJazZ: o Tributo a Chico Rei”. Unindo o preto, samba, choro e jazz, musicalmente, resulta-se em um acontecimento social, artístico e estético.
O grupo tem a sua essência rítmica e melódica inspirada nos tambores e batuques brasileiros, que revivem, misturam e recriam, em sua linguagem, a valiosa herança artística e musical da ancestralidade afro-brasileira. Músicas instrumentais, repertório variado e arranjos arrojados surpreendem os ouvintes, homenageando a figura emblemática de Galanga, o ex-escravo que voltou a ser Rei em Vila Rica de Ouro Preto (MG) e proporcionou uma das maiores libertações de escravos no Brasil colonial. O Chico Rei do Reisado, do Congado.
Às 20 horas, o guitarrista, violonista e compositor mineiro Alexandre Araújo, considerado um precursor do ritmo blues em Belo Horizonte, encerrará a programação do festival.
O músico tem uma energia vigorosa e o feeling como pede o velho e bom blues e faz a fusão com o progressivo de forma bem peculiar criando o ProgBlues. Em sua bagagem, traz um instrumento de rara beleza, o Sitar Indiano, mesclando estilos e culturas criando nuances em um bordado sonoro.
Em Catas Altas, Alexandre Araújo fará show solo com o trabalho intitulado Instrumental Oriental Blues, que reúne toda sua trajetória musical unindo blues progressivos, instrumentais inéditos de Marco Antônio Araújo e o Sitar Indiano fazendo um pot-pourri da música universal.
Tudo é Jazz
Considerado um dos maiores festivais de jazz do país e eleito entre os 10 melhores do mundo pelo selo de qualidade da prestigiada revista norte-americana Down Beat, o Tudo é Jazz fará homenagem à sua idealizadora, Maria Alice Martins (agosto 1951 – novembro 2020) e tributo a Frank Sinatra.
Assina a curadoria do festival, o pianista e compositor Tulio Mourão e a direção geral é de Rud Carvalho. O Tudo é Jazz é realizado com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura e apresentado pela Gerdau e conta também com o aporte do Instituto Cultural Vale e Cemig. A Gerdau
também é patrocinadora do festival por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais. O festival conta ainda com apoio da Secretaria Municipal de Cultura de Catas Altas e das prefeituras de Ouro Preto, Ouro Branco, Congonhas e Itabirito.
PROGRAMAÇÃO COMPLETA: 13 DE AGOSTO (SÁBADO)
- 15h – Roda de conversa: A musicalidade afro e seu legado ancestral, com Diego Fernandez
Local: Praça da Matriz, debaixo do Flamboyant
- 16h – Oficina: Forja de tambores a partir do ferro com os mestres ferreiros Diego Fernandez e
Marcos Cecéu
Local: Praça da Matriz, debaixo do Flamboyant
- 17h – Oficina de percussão e tambores
Local: Praça da Matriz, debaixo do Flamboyant
- 19h – Show: SambaPretoChoroJazZ
Local: Praça da Matriz, debaixo do Flamboyant
- 20h – Show: Alexandre Araújo
Local: Praça da Matriz, debaixo do Flamboyant
SOBRE A GERDAU
Com 121 anos de história, a Gerdau é a maior empresa brasileira produtora de aço e uma das principais fornecedoras de aços longos nas Américas e de aços especiais no mundo. No Brasil, também produz aços planos, além de minério de ferro para consumo próprio. Além disso, possui uma divisão de novos negócios, a Gerdau Next, com o objetivo de empreender em segmentos adjacentes ao aço.
Com o propósito de empoderar pessoas que constroem o futuro, a companhia está presente em 9 países e conta com mais de 36 mil colaboradores diretos e indiretos em todas as suas operações. Maior recicladora da América Latina, a Gerdau tem na sucata uma importante matéria-prima: 73% do aço que produz é feito a partir desse material. Todo ano, 11 milhões de toneladas de sucata são transformadas em diversos produtos de aço. A companhia também é a maior produtora de carvão vegetal do mundo, com mais de 250 mil hectares de base florestal no estado de Minas Gerais.
Como resultado de sua matriz produtiva sustentável, a Gerdau possui, atualmente, uma das menores médias de emissão de gases de efeito estufa (CO₂e), de 0,90 t de CO₂e por tonelada de aço, o que representa aproximadamente a metade da média global do setor, de 1,89 t de CO₂e por tonelada de aço (worldsteel). Em 2031, as emissões de carbono da Gerdau vão diminuir para 0,83 t de CO₂e por tonelada de aço. As ações da Gerdau estão listadas nas bolsas de valores de São Paulo (B3), Nova Iorque (NYSE) e Madri (Latibex).
SOBRE O INSTITUTO CULTURAL VALE
O Instituto Cultural Vale parte do princípio de que viver a cultura possibilita às pessoas ampliarem sua visão de mundo e criarem novas perspectivas de futuro. Tem um importante papel na transformação social e busca democratizar o acesso, fomentar a arte, a cultura, o conhecimento e a difusão de diversas expressões artísticas do nosso país, ao mesmo tempo em que contribui para o fortalecimento da economia criativa.
São mais de 300 projetos criados, apoiados ou patrocinados em 24 estados e no Distrito Federal em execução em 2022. Dentre eles, uma rede de espaços culturais próprios, patrocinados via Lei Federal de Incentivo à Cultura, com visitação gratuita, identidade e vocação únicas: Memorial Minas Gerais Vale (MG), Museu Vale (ES), Centro Cultural Vale Maranhão (MA) e Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA). Onde tem Cultura, a Vale está. Visite o site do Instituto Cultural Vale: institutoculturalvale.org