Site icon DeFato Online

UFMG transfere animais do campus por risco de acidentes e estresse devido a Stock Car no Mineirão

UFMG transfere animais do campus por risco de acidentes e estresse devido a Stock Car no Mineirão

Foto: Bruno Ihara/UFMG

A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) informou que precisará transferir 21 animais de grande porte, equinos e bovinos, e também cães da Escola de Veterinária e do Hospital Veterinário da instituição. A universidade alega que “os animais estão sendo protegidos dos riscos gerados pela corrida da Stock Car”, que será realizada de 15 a 18 de agosto em torno do estádio Mineirão e muito próximo do campus Pampulha, onde ficam o Hospital e a Escola.

O transporte começou nessa segunda-feira (12), com a saída de sete equinos, e até essa quarta-feira (14), serão transportados 15 equinos, seis bovinos e seis cães. A UFMG informou que os animais vão permanecer provisoriamente na Fazenda de Igarapé (Fazenda Experimental Hélio Barbosa, da UFMG), em outras escolas e hospitais e no sítio de um aluno de residência do Hospital Veterinário.

A instituição de ensino disse que os organizadores da prova não entregaram um plano de mitigação dos efeitos nocivos para os animais que vivem ou estão internados na UFMG. “É claro que temos que retirar do campus todos os animais que podem ser transferidos. Mas também nos preocupam muito os riscos de acidente implicados numa operação de transporte e o estresse gerado pelo percurso e pela mudança de local de abrigo”, afirma a vice-diretora da Escola de Veterinária, Eliane Gonçalves de Melo. Ela ressalta que a distância para a Fazenda de Igarapé é de 55 quilômetros, o que obriga os animais a permanecer por tempo excessivo dentro do caminhão.

A professora cita, como exemplo do potencial de impacto da prova – incluídos treinos e a própria competição –, um episódio ocorrido na noite da última quarta-feira, 7. Um carro correu, durante 20 minutos, no trecho de pista que fica a 50 metros de onde vivem os animais de grande porte. “Estava em velocidade menor que a de corrida, mas já pudemos constatar os efeitos negativos do ruído: os animais em atendimento ficaram muito agitados, e um deles quase caiu da mesa onde passava por um procedimento”, relata Eliane Melo.

Exit mobile version