Nesta terça-feira (11), por meio do seu perfil oficial no Instagram, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA) de Itabira anunciou a soltura de diversas aves apreendidas pela Policia Militar de Meio Ambiente do batalhão do município. Na ação, foram devolvidas à natureza seis aves, sendo elas: três trinca-ferros (Saltator similis), um papa-capim (Sporophila ardesiaca), uma graúna (Gnorimopsar chopi) e um chupim-do-brejo (Pseudoleistes guirahuro).
No post, a SMMA ainda salienta que a criação de aves em gaiola é uma prática criminosa, prevista no artigo 29 da Lei 9.605/98. Coincidência ou não, a postagem ocorre um dia após o projeto que cria o “Dia Municipal do Passarinheiro”, proposto por Marcelino Guedes (PSB), ser discutido e criticado na Câmara de Itabira. Para vereadores como Júlio César de Araújo, o Júlio Contador (PTB), e Roberto Fernandes Carlos de Araújo (MDB), o Robertinho da Autoescola, o projeto de lei incentiva a manutenção dos animais em cativeiro.
“Gostaria só de deixar uma opinião a respeito do projeto de lei. É apenas uma opinião, Marcelino, tenho o respeito pela pessoa. Mas acho que essa lei, de certa forma, incentiva o cativeiro. Eu, particularmente, não crio nenhum pássaro em casa, porque acho uma injustiça a gente isolar o espaço do animal, que tem a liberdade do ar. Já até declaro meu voto contrário à lei, justamente porque a gente tem que incentivar a soltura, o lazer e a liberdade do pássaro… me coloco no lugar do animalzinho, então particularmente não concordo com esse tipo de projeto de lei”, chegou a declarar Júlio Contador no encontro de ontem.