Um dos criminosos mais procurados do Brasil é preso em São Paulo após ficar quase 20 anos foragido

Dako é investigado por participar da onda de ataques à polícia paulista em maio de 2006 e de mega-assaltos a bancos em Araçatuba, em 2021

Um dos criminosos mais procurados do Brasil é preso em São Paulo após ficar quase 20 anos foragido
Foto: Reprodução/EPTV

Um criminoso foragido desde 2005, suposto colaborador da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e elencado entre os mais procurados do Brasil, foi preso na quarta-feira (7), em Valinhos, no interior paulista. Jakson de Oliveira Santos, conhecido como Dako, de 44 anos, é investigado por participar da onda de ataques à polícia de São Paulo ocorrida em maio de 2006 e de mega-assaltos a bancos praticados em Araçatuba, em agosto de 2021, e a uma transportadora de valores em Confresa-MT, em abril de 2023.

Segundo a polícia, Santos havia sido condenado e cumpriu pena por roubo a banco em Minas Gerais, e em seguida foi condenado e cumpria pena por tráfico de drogas na penitenciária de Casa Branca, no interior paulista. Em 2005, foi beneficiado com uma saída temporária e não voltou mais — estava foragido desde então

Ele foi preso em uma operação conjunta do 1º Batalhão de Ações Especiais de Polícia, da Polícia Militar em Campinas, e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo (MPSP). Dako estava em uma casa de luxo no bairro Vale Verde, onde vivia, com documentos falsos. Segundo o MPSP, ele estava dormindo e não reagiu à prisão, determinada pela Justiça.

Foram apreendidas armas, munições, celulares e outros aparelhos eletrônicos, além de uniformes camuflados e documentos falsos. Além das ordens de prisão que já haviam sido emitidas, o criminoso foi preso em flagrante por uso de documento falso, porte ilegal de armas e porte de drogas para uso pessoal.

Memória

O mega-assalto em Araçatuba, em 2021, deixou três mortos e chamou atenção por usar reféns como escudo humano em ruas da cidade e carros de fuga. A quadrilha utilizou armas de guerra, como metralhadora calibre ponto 50, e recursos tecnológicos, como drones.

Já na tentativa de assalto à empresa de transporte de valores Brinks, em 2023, na cidade de Confresa (MT), a 1.049 quilômetros de Cuiabá, cerca de 15 homens fortemente armados com fuzis atacaram o quartel da Polícia Militar. Apesar da explosão na empresa, os bandidos não conseguiram levar o dinheiro. A quadrilha fugiu para uma região de reserva indígena.

A reportagem tenta contato com representantes de Dako, para que se pronunciem sobre a prisão dele.

* Com Estadão Conteúdo.