O industrial indiano Ratan Tata, falecido, surpreendeu o seu país com a inusitada decisão de deixar para o seu cão, Goa, seu cozinheiro e seu mordomo, a incrível herança de R$ 673,5 milhões.
Ratan é dono de um conglomerado que produz o Tata Nano, considerado o carro popular mais barato do mundo, mas também é proprietário das empresas que produzem algumas das marcas mais tradicionais de veículos do planeta, os caríssimos Land Rover e Jaguar, desde 2008.
O megaempresário deixou expresso em testamento o destino de boa parte de sua riqueza para o seu cão, exigindo que ele tenha cuidados ilimitados enquanto vivo.
Despertando atenção pela extravagância do seu dono, o cão foi alvo de fake news, quando noticiaram sua suposta morte após uma semana do passamento do seu tutor, mas o boato foi rapidamente desfeito pela mídia local.
Ratan não tem herdeiros ou esposa e, morto em Mumbai, aos 86 anos, esperava-se que sua fortuna ficasse para seus irmãos, Jimmy Tata e suas duas meias-irmãs, deixando-as fora da divisão de bens.
A maior parte dos bens ficou com Goa, seu fiel animal, além do seu mordomo e assistente Konar Subbiah e seu cozinheiro Rajan Shaw, que precisam ainda garantir os tais “cuidados ilimitados” deixados por Ratan em seu último pedido.
Aos irmãos foi deixada uma pequena quantia, bem inferior à que será deixada à caridade.
Um amigo do empresário, em declaração ao The Times, disse: “Este testamento não é uma declaração de riqueza, mas um gesto de gratidão pela alegria e cuidado que ele recebeu de seus animais de estimação e dois assessores mais próximos.
Ratan exigia que seus seguranças permitissem a entrada de todo e qualquer animal pelo portão de suas propriedades.
Seu funeral causou comoção nacional, sendo homenageado por populares, pessoas famosas, como o primeiro-ministro indiano Narenda Modi e o CEO do Google, Sundar Pichai. O cão também demonstrou emoção na despedida do seu tutor e amigo durante o funeral.
O conglomerado TataGroup é composto de cerca de 100 empresas, dentre elas a maior fabricante de carros e a maior siderúrgica privada do país, empregando mais de 350 mil funcionários.