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Uma dupla de ataque pode ser a solução para os problemas do Atlético

Atlético

Foto: Atlético/Twitter

Os anos 90 ficaram marcados como a década das duplas de ataque. Tanto em solo brasileiro, quanto no europeu, vários times se consagraram com parceiros ofensivos que se completavam. Geralmente, um atleta possuía mais mobilidade e preparava as jogadas, enquanto outros ficavam mais fixos na área, empurrando a redonda para dentro das redes.

Porém, conforme o futebol foi evoluindo, estas duplas foram desaparecendo, a ponto de alguns clubes, como o Barcelona de Pep Guardiola, sequer utilizarem atacantes de ofício.

Mas essa antiga tradição tem voltado a dar as caras no esporte. O próprio Flamengo, campeão brasileiro em 2019, teve como grande destaque a sua mortal dupla de ataque: Gabigol e Bruno Henrique. O Atlético, mais por obrigação do que vontade própria, pode ser a próxima camisa do futebol brasileiro a utilizar esta fórmula.

Com Jorge Sampaoli, a equipe vinha atuando numa mescla entre o 4-1-4-1 e o 4-2-3-1, sendo Nathan, independente da formação, o meia que mais se aproximava do atacante (Marrony). Atuando desta forma, o atleta, revelado pelo Athlético-PR e com passagem pelo Chelsea, marcou muitos gols e ajudou bastante na construção das jogadas. Nathan, no entanto, se machucou na vitória contra o Corinthians, no dia 12 de agosto, e desde então o desempenho do Atlético tem diminuído.

A solução tem sido Hyoran, um jogador que está longe de satisfazer a torcida atleticana, e que, apesar do louvável esforço, mais erra do que acerta. Fora o meia, cuja comparação com o craque holandês Johan Cruyff deve se ater apenas ao nome, não há opções confiáveis para o treinador argentino.

A solução mais prática e aconselhável é, claro, uma nova contratação para o setor. Mas, enquanto isso não acontece, o Atlético pode apostar na mobilidade dos seus homens de frente e suprir a lacuna de Nathan com um atacante a mais. Eduardo Sasha, recém chegado do Santos, e Marrony são dois atacantes que sabem jogar fora da área e possuem um poder de finalização razoável.

Treinando bem a movimentação destes atacantes, estabelecendo a forma como eles sairão da área e abrirão espaços nas defesas adversárias, o Atlético pode amenizar o desfalque de um meia mais cerebral. O 4-4-2, apesar de estar mais raro no contexto atual, pode estar em voga novamente a qualquer momento, desde que adaptado às exigências do futebol moderno e de alto nível. Foi assim com o Flamengo, poderá ser assim com o Atlético.

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