Vacinas, gripe e resfriado
Sandra Vieira Duarte assina artigo sobre como as vacinas contra gripes e resfriados podem ajudar a melhorar a qualidade de vida
A gripe e o resfriado são infecções virais do sistema respiratório. A gripe, provocada pelo vírus Influenza, geralmente
causa dor de cabeça, dores musculares, dor de garganta, tosse seca, coriza, diarreia, vômitos e febre alta. Esses sintomas prevalecem por aproximadamente três dias. O resfriado, infecção originada pelo Rhinovírus, pode acarretar coriza, obstrução do nariz e febre – que geralmente é baixa.
Não existe vacina contra o resfriado, apenas para a gripe (Vacina Influenza). A vacina Influenza reduz a circulação
viral na população, evitando complicações clínicas e até óbitos, especialmente nos indivíduos com comorbidades. As
vacinas, porém, não impedem os sintomas do resfriado.
No Brasil, dois tipos de imunizantes são utilizados no combate ao vírus da gripe: o trivalente – fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) – e o tetravalente, que é comercializado no mercado privado.
Esta segunda opção tem vantagens sobre a trivalente, porque oferece cobertura para outras cepas do vírus da gripe e a aplicação é feita em dose individual (trazendo qualidade e segurança), além de não conter conservantes.
A formulação do imunizante Influenza muda de acordo com as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS).
A vacina da gripe pode ser administrada simultaneamente com qualquer outro imunizante, inclusive com as vacinas de prevenção à Covid-19. Não tem contraindicação, uma vez que não utiliza parte do vírus em sua composição. Porém, o paciente com diagnóstico de alergia severa a ovo precisa receber a dosagem sob orientação médica. É também recomendável o adiamento da vacinação em quem esteja com febre ou apresente algum problema respiratório.
Vale lembrar ainda, que a vacina Influenza não age contra o Coronavírus, mas protege os mais vulneráveis com doenças respiratórias, que podem impactar o sistema imunológico e favorecer o aparecimento de outras formas de contaminações.
Todos devem se vacinar anualmente. A vacina que se tomou em determinado ano, não é capaz de garantir proteção
para ano seguinte, porque o vírus sofre mutações. A vacina 2022 está atualizada com a cepa H3N2 Darwin, que protagonizou a epidemia fora de época. Atualize o seu cartão de vacinas!
Sandra Maria Vieira Duarte é Especialista em Análises Clínica, Microbiologia e Hematologia Laboratorial. CRF: 6-8673
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