A Vale afirmou na noite desta terça-feira, 13, que uma equipe técnica avalia os possíveis impactos em caso de desabamento de um talude na cava de Gongo Soco, em Barão de Cocais. A preocupação é com um eventual abalo na estrutura da Barragem Sul Superior, que já está em nível 3 de risco de rompimento e fica distante 1,5 quilômetro do ponto problemático.
Em nota encaminhada a DeFato Online, a Vale confirmou movimentação no chamado talude Norte na cava da mina de Gongo Soco, desativada desde 2016. A empresa comentou que avisou às autoridades competentes para que também avaliem a situação e, “em caso de necessidade, definirem as medidas preventivas a serem tomadas”.
A mineradora acrescentou que tanto a cava de Gongo Soco quanto a barragem Sul Superior são monitoradas 24h desde que houve alteração no nível de risco da estrutura de contenção de rejeitos.
A barragem Sul Superior está em nível 3 desde 22 de março, mas as comunidades mais próximas, na chamada Zona de Autossalvamento (ZAS), já haviam sido evacuadas preventivamente em 8 de fevereiro, quando o nível foi a 2.
“Todas as medidas preventivas para este cenário já foram tomadas, incluindo a realização de simulados de emergência com moradores da Zona de Segurança Secundária (ZSS). Também em março, a Defesa Civil e a Vale equiparam a ZSS com sinalização das rotas de fuga. Foram implantados pontos de encontro que funcionam 24h com equipes preparadas para o pronto atendimento à população”, afirma a mineradora, em nota.