A Vale finalizou as obras de eliminação do Dique 1A, na mina Conceição, em Itabira. Esta se tornou a 8ª estrutura a montante eliminada na cidade, o que corresponde a 80% do Programa de Descaracterização no município. No último mês, também havia sido concluída a obra de descaracterização do Dique 1B, na mina Conceição.
Anteriormente, os diques 2, 3, 4 e 5 do Sistema Pontal, a barragem Ipoema, na Mina do Meio, e o Dique Rio do Peixe, em Conceição, já haviam sido eliminados. As outras duas estruturas que fazem parte do programa no município são os Diques Minervino e Cordão Nova Vista, ambos do Sistema Pontal, e que serão descaracterizados após a construção de uma nova Estrutura de Contenção a Jusante (ECJ2).
As obras de eliminação do dique 1A tiveram início em abril deste ano e foram finalizadas antes do prazo previsto. Com a conclusão, a descaracterização agora passará pelo processo de avaliação e validação dos órgãos competentes, conforme determina a legislação vigente.
O Dique 1A foi a 16ª estrutura a montante eliminada pela Vale no Brasil, do total de 30 previstas. De acordo com a Vale, 53% do Programa de Descaracterização de Barragens a Montante da empresa foi concluído. Desde 2019, a mineradora investiu R$9 bilhões no Programa e a expectativa é chegar a 60% de conclusão até o fim de 2025 – quando a empresa também prevê não ter nenhuma estrutura em nível máximo de emergência.
“Nossa prioridade é garantir que cada etapa desse processo seja realizada com responsabilidade e com o rigor técnico necessário para mitigar quaisquer riscos. Sabemos da importância dessas ações e trabalhamos de forma transparente, mantendo um diálogo constante com as comunidades, autoridades e órgãos reguladores. Este é um passo fundamental para consolidarmos nossa meta de oferecer um ambiente mais seguro, sustentável e alinhado às melhores práticas globais”, afirma Adriana Bandeira, diretora de Descaracterização de Barragens e Projetos Geotécnicos da Vale.
A eliminação de estruturas construídas a montante é uma obrigação legal da Vale após o crime ambiental que causou o rompimento da barragem B1, em Brumadinho, atendendo às legislações federal e estadual vigentes sobre segurança de barragens. As ações implementadas para a descaracterização são objeto de avaliação e acompanhamento contínuo de auditorias independentes e dos órgãos reguladores competentes.
“As soluções de eliminação são customizadas para cada estrutura e estão sendo realizadas de forma cautelosa, tendo como prioridade, sempre, a segurança das pessoas, a redução dos riscos e os cuidados com o meio ambiente. Todas as estruturas a montante da Vale no Brasil estão inativas e são monitoradas 24 horas por dia pelos Centros de Monitoramento Geotécnico (CMGs) da empresa”, informa a mineradora.