O alteamento da barragem de Itabiruçu, em Itabira, será tema de uma reunião pública na Câmara de Vereadores nesta quinta-feira, 28 de junho. O encontro, às 19h, será coordenado pela Superintendência de Projetos Prioritários (Supri), órgão da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semad) e onde tramita o processo de licenciamento requerido pela mineradora Vale. A empresa busca elevar a barragem para a altura de 850 metros.
A barragem de Itabiruçu, atualmente, opera na altura de 833 metros, conforme licença de operação (LO) conquistada pela Vale no fim de abril. A empresa agora busca as licenças prévia (LP), de instalação (LI) e de operação (LO) para novo alteamento, que corresponderia ao limite máximo de altura da estrutura localizada às margens da MG-129.
O prazo para o requerimento de uma audiência pública dentro do procedimento legal das etapas de licenciamento foi perdido por Itabira. Venceu em 5 de fevereiro deste ano. Apesar disso, uma articulação garantiu a realização dessa reunião pública entre a Vale e a comunidade itabirana. A empresa também disponibilizou o Relatório de Impacto Ambiental (Rima) para ser consultado. O documento está na Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
Defesa
Em reunião com vereadores no fim de abril, o gerente-geral das minas de Itabira, Rodrigo Chaves, defendeu que o novo alteamento da barragem de Itabiruçu é fundamental para a continuidade das atividades da Vale no município nos próximos anos. Segundo ele, caso essa elevação não ocorra até 2021, as operações da mineradora caem pela metade na cidade.
De acordo com Rodrigo, com a elevação da cota haverá a possibilidade de aumentar a área útil de disposição de rejeito para atender à demanda da mina de Conceição, além de garantir a segurança operacional da barragem, mantendo uma borda livre suficiente para amortecimento de eventos climáticos mais incisivos.
O gerente-geral explicou que a barragem já foi construída dentro da previsão de se chegar ao limite máximo. Ele argumentou que esse método traz mais segurança ao procedimento de alteamento, ao mesmo tempo que é uma opção econômica viável para a mineradora. Ainda segundo Rodrigo Chaves, a nova altura garantiria uma vida útil à Itabiruçu até 2030.