A Vale afirmou nesta segunda-feira (6) que suspendeu as atividades na barragem de Laranjeiras, na Mina de Brucutu, na Região Central do Estado. Segundo a mineradora, a medida foi tomada após decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
Por causa da decisão, o beneficiamento de minério com uso de água, que gera rejeitos, foi suspenso na Mina de Brucutu, em São Gonçalo do Rio Abaixo. A barragem de Laranjeiras fica na cidade vizinha Barão de Cocais. Em Brucutu também é feito beneficiamento de minério a seco.
A mineradora disse que foi intimada de decisão que suspendeu os efeitos da decisão da 1ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias, da Comarca de Belo Horizonte, que autorizava a retomada das atividades do complexo minerário e da barragem.
Na época, a Vale alegou que documentos juntados ao processo atestavam a estabilidade da barragem e que a estrutura, que não possui alteamento, é considerada segura pela Agência Nacional de Mineração (ANM). A empresa mostrou também laudo confirmando a efetividade das medidas de drenagem implementadas na estrutura.
A mina é a maior do Estado e representa 9% da produção nacional da mineradora. A suspensão das operações em Laranjeiras e em Brucutu havia sido determinada em fevereiro, depois de Ação Civil Pública do MP.
A Vale disse ainda que está adotando as medidas cabíveis.
A Vale reitera que a barragem de Laranjeiras e todas as demais estruturas geotécnicas de suporte à operação de Brucutu possuem Declarações de Estabilidade (DCE) positivas e vigentes, emitidas por auditores externos em março de 2019, e que está adotando as medidas cabíveis quanto à referida decisão.
A Vale reafirma seu guidance de vendas de minério de ferro e pelotas de 307 – 332 Mt para 2019, anteriormente informado, e informa que a expectativa atual é que as vendas fiquem entre o mínimo e o centro da faixa.”