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Veja os pontos do plano itabirano de contingência para o período chuvoso apresentado hoje

A coordenadora da Defesa Civil Nilma Macieira foi a responsável por apresentar o plano. Foto: Filipe Augusto/PMI

A coordenadora da Defesa Civil Nilma Macieira foi a responsável por apresentar o plano. Foto: Filipe Augusto/PMI

A Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (COMPDEC) e a Prefeitura Municipal de Itabira (PMI) divulgaram hoje (28) o Plano Municipal de Contingência (PLANCON) para o período chuvoso. O evento, que aconteceu no auditório da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, apresentou as ações a curto e médio prazos planejadas para lidar com os desastres causados pelas chuvas em Itabira. 

Às 9h, um café da manhã reuniu diversas entidades, entre elas a Funcesi, o Sindicato Metabase de Itabira e Região e agentes de saúde, como as equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e do Hospital Municipal Carlos Chagas (HMCC). Logo após, a coordenadora da Defesa Civil Nilma Macieira exibiu o planejamento que irá orientar a proteção à população itabirana durante o período de chuvas que se aproxima.

O PLANCON

A última vez que o município de Itabira recebeu uma atualização do plano de contingência de chuvas foi em 2014. Dessa forma, a elaboração do PLANCON recém divulgado teve como base dados atualizados que foram levantados por órgãos oficiais. Para orientar as atividades, a equipe estabeleceu cinco processos: prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação.

PLANCON utilizou cerca de 12 pesquisas produzidas por órgãos oficiais – Foto: COMPDEC e PMI

O documento foi criado por uma frente ampla que reuniu a Defesa Civil, o Grupo de Gestão Integrada de Risco e Desastres, a Empresa de Desenvolvimento de Itabira (Itaurb) e o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae). Também contribuíram com a formatação do plano de contingência o gabinete do prefeito Marco Antônio Lage (PSB), a diretoria de Comunicação Social e as secretarias de Administração, Educação, Saúde, Assistência Social, Desenvolvimento Urbano, Meio Ambiente e Obras, Transporte e Trânsito.

De acordo com Nilma, as ações de prevenção estão planejadas para acontecerem na rua Benevides Ferreira dos Santos e rua dos Vereadores, ambas do bairro Gabiroba, além de localidades nos bairros Pedreira e Eldorado. 

Uma resposta que precisa ser rápida é a busca por um abrigo em casos de desabamento e desmoronamentos. Caso seja necessário transferir as pessoas atingidas para outros locais, a coordenadora aponta que as escolas são os espaços mais humanizados “porque a gente consegue separar as famílias em salas de aula. Tem um espaço onde tem refeitório disponível, banheiros separados e a gente consegue trazer segurança para aqueles núcleos de famílias”, explica. 

Quanto às áreas de recuperação, Nilma alega que já estão previstas quatro obras futuras.

Áreas com mais risco de deslizamentos segundo o PLANCON. Foto: COMPDEC e PMI

Segundo a coordenadora, as áreas com mais risco de inundações, enxurradas e alagamentos não tem grandes proporções, já que não há tanta ocorrência no município. No entanto, elas também receberam atenção no atual plano de contingência.

Áreas com mais risco de inundações, enxurradas e alagamentos segundo o PLANCON. Foto: COMPDEC e PMI

O plano ainda envolve a mina Brucutu e a barragem São Gonçalo, localizadas no município de São Gonçalo do Rio Abaixo. A coordenadora explica que essa abrangência se dá pelo fato de ambas as cidades estarem localizadas na mesma Zona de Autossalvamento — mais conhecida por zona de desastre — e também na mesma Zona Secundária de Salvamento (ZSS).

Barragens que receberão atenção pelo plano apresentado hoje. Foto: COMPDEC e PMI

Após a apresentação da coordenadora Nilma, a representante da Vale Juliana Santana celebrou a ação conjunta e alegou que a consultoria oferecida pela mineradora busca as melhores estratégias de contingência ao “considerar as especificidades de cada território”

O prefeito Marco Antônio Lage fechou o evento frisando a importância do plano para uma cidade com uma topografia montanhosa. “Itabira é uma cidade com muitas encostas, além de todas as questões inerentes à mineração, então é uma cidade que vive com medo”, ressaltou.  

Medidas estruturais

Quanto a políticas públicas para as famílias que são constantemente atraídas para áreas de risco, a coordenadora afirma que já existem projetos de habitação em fase de discussão.

A Presidente da Interassociação, Maria das Graças Felipe Lélis “Dadá”, que esteve no evento, comemorou a intenção de ampliar a perspectiva sobre as áreas de risco em Itabira: “Às vezes, o pessoal fica preocupado só com as barragens e não é só barragem que é área de risco”

Dadá apreciou a maneira como as informações foram passadas no evento e disse estar esperançosa com a união pela organização e execução do projeto apresentado.

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