O otimismo voltou a reinar no mercado imobiliário em Minas Gerais, com projeções de impulso nas vendas ao longo deste ano. De acordo com levantamento do Instituto Data Secovi – órgão ligado à Câmara do Mercado Imobiliário (CMI) e ao Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais –, as vendas de imóveis residenciais e comerciais em 2018 avançaram 0,38% na capital mineira em comparação com 2017, balizando uma expectativa de retomada das vendas no mercado em geral ao longo deste ano de 2019.
Para o diretor de Planejamento e Estatística do Instituto, Leonardo Matos, mesmo tímido, o aumento nas vendas merece ser comemorado porque representa uma recuperação do setor, que vinha sofrendo retração desde 2015. “Este ano de 2019 tem tudo para surpreender e ser ainda melhor que o último trimestre do ano passado”, disse Matos à Rádio Itatiaia em entrevista nesta quarta-feira, dia 13 de março.
Segundo o levantamento do Data Secovi, o último trimestre de 2018 na capital foi o melhor período do ano. Houve um aumento de 15,8% nas vendas de outubro, novembro e dezembro de 2018 em comparação com o mesmo período de 2017.
De acordo com Leonardo Matos, a expectativa é que a curva de crescimento não somente continue em 2019 como também se acentue, fechando o período com indicadores positivos. “É uma retomada de ciclo, que mais uma vez será guiada pela relação de oferta e procura”, disse Matos, em entrevista à imprensa mineira a respeito do levantamento do Data Secovi.
Mercado nacional
E os levantamentos de saldo positivo no mercado imobiliário se repetem em todo o país. Um balanço realizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) com dados de 23 capitais e regiões metropolitanas apontou uma alta de 19,2% na venda de imóveis residenciais novos em 2018 em relação à 2017. Os dados da CBIC foram divulgados pela revista “Veja” de 25 de março.
Ainda na reportagem, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) prevê que os lançamentos e as vendas no mercado imobiliário de médio e alto padrão – financiados com recursos da caderneta de poupança – cresçam na ordem de 20% a 30% em 2019 frente a 2018. “Estamos muito animados com o mercado neste ano”, afirmou o presidente da CBIC, José Carlos Martins, à revista.