Cidade mais antiga e primeira capital de Minas Gerais, Mariana comemorou, no último domingo (16), 325 anos de existência. A data, incorporada às comemorações oficiais do Estado desde 16 de julho de 1979, há 42 anos, pela Lei 7.561/79, celebra o “Dia de Minas Gerais”, sempre com a presença do governador. Mas, desta vez, Romeu Zema (Novo) quebrou a tradição ao não comparecer à solenidade e sequer enviar representante à altura.
A atitude de Zema deixou irritado o vereador Fernando Sampaio de Castro (PSB), presidente da Câmara Municipal de Mariana, que classificou como “um desrespeito à Mariana”. Ele também insinuou que “o governador só foi à cidade para homenagear a Fundação Renova; nunca mais”.
“Acho uma vergonha que o governador não faça parte de uma festa como esta. Respeite Mariana pelo 16 de julho! Nestes cinco anos de mandato, até hoje, Zema veio apenas uma vez a Mariana no dia 16 de julho, porque foi interesse dele. Gostaria que respeitasse Mariana”, disse o vereador.
Apesar da ausência do governador, estiveram na comemoração do Dia de Minas Gerais: o deputado estadual Tadeu Martins Leite (MDB), presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG); e as deputadas Lohanna (PV) e Maria Clara Marra (PSDB).
A deputada Lohanna se solidarizou com o presidente do Legislativo marianense, observando que “o governador podia ter ao menos enviado um representante a uma cidade que ainda se restabelece do sofrimento que viveu, assim como a sua população, em decorrência da tragédia da Samarco”.
A ministra da Cultura do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Margareth Menezes, e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), foram agraciados com comendas, entregues pelo prefeito Edson Agostinho “Leitão” (Cidadania), em solenidade na Praça Cláudio Manoel.
Em 1945, Mariana recebeu de Getúlio Vargas, então presidente da República, o título de Monumento Nacional por seu significativo patrimônio histórico, religioso e cultural e ativa participação na vida cívica e política do país.