O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) apresentou denúncia à Justiça contra um vereador reeleito de Medina, no Vale do Jequitinhonha, por crime eleitoral praticado contra uma vereadora eleita no município — as identidades dos envolvidos não foram divulgadas pelo órgão. A acusação aponta que o homem utilizou ofensas misóginas para constranger e humilhar a vítima durante as eleições municipais de 2024.
Ação penal e pedido de indenização
A denúncia, apresentada pela Promotoria de Justiça Única de Medina, requer a suspensão dos direitos políticos do vereador reeleito e o pagamento de R$ 500 mil como indenização à vereadora eleita. Segundo o documento, o crime ocorreu em 6 de outubro de 2024, durante as comemorações dos resultados eleitorais na principal praça pública da cidade.
Com um microfone conectado a um paredão de som, o acusado teria chamado a vereadora e sua irmã de “vagabundas”, além de proferir outras ofensas misóginas. As agressões verbais foram transmitidas ao vivo e amplamente divulgadas em vídeos nas redes sociais.
No momento das ofensas, o vereador estava acompanhado por figuras políticas de destaque no município, como o prefeito e o vice-prefeito eleitos, além do atual prefeito.
Contexto do crime
De acordo com o promotor de Justiça Uilian Carlos Barbosa de Carvalho, que assina a denúncia, o vereador tinha a intenção clara de constranger a vereadora eleita e sua irmã em razão de sua candidatura e eleição. “A conduta revela menosprezo e discriminação à condição de mulher, com o objetivo de dificultar a atuação da vereadora no cenário político local”, explicou.
O caso está registrado sob o processo nº 0600870-47.2024.6.13.0175 e tramita na 175ª Zona Eleitoral.