A situação das barragens da Vale em Itabira voltou a ser discutida pela Câmara de Vereadores nesta terça-feira (22). Oito meses se passaram desde a aprovação de um requerimento que pedia a realização de uma audiência pública sobre o tema. Contudo, a presidência do Legislativo ainda não tem uma previsão de quando o encontro será realizado.
As barragens de Itabiruçu e Santana, em Itabira, foram elevadas ontem (21), ao nível 1 de risco de rompimento. A informação foi passada primeiro pelo presidente do Sindicato Metabase, André Viana, e confirmada pela Defesa Civil de Minas Gerais. Segundo o sindicalista, a Vale pretende realizar estudos geotécnicos mais aprofundados nas duas estruturas.
“É muito importante discutir com a Vale o que realmente tem acontecido. Ontem toda a cidade recebeu de forma espantosa a notícia de elevação das barragens da nossa cidade. A Vale falou que não tem motivo nenhum para alarde, mas precisamos estudar os pormenores e discutir com a empresa essa situação. Então, eu venho pedir ao senhor presidente [Heraldo Noronha Rodrigues – PTB] que nós possamos fazer uma audiência pública para discutir com a Vale e a população a segurança das barragens”, disse o vereador Weverton Leandro Andrade Santos “Vetão” (PSB).
Além de Vetão, outros vereadores também fizeram a cobrança. O requerimento solicitando a audiência foi aprovado em 12 de fevereiro, com nove votos favoráveis e sete ausências. A previsão inicial era que o encontro ocorresse em 60 dias. A expectativa é que a audiência reúna grande quantidade de pessoas. Contudo, se for realizada na Câmara de Vereadores apenas 150 pessoas poderão participar, devido às normas de segurança implementadas no início do ano.
“Vamos trazer a Vale para falar com a população o que realmente tem sido feito nas barragens. Naquela época, no calor do momento, uma audiência pública não ia resolver nada. O Ministério Público tomou frente e trouxe pessoas qualificadas para ver o que estava acontecendo nas barragens. Mas pretendo sim, convidar a Vale e pedir a eles que marquem uma data”, argumentou Heraldo Noronha em entrevista à imprensa.