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Vereadores debatem sobre proibição de bebidas alcoólicas na Feira Livre de Itabira

O assunto foi discutido na reunião de Câmara desta terça-feira, 24 de julho. Crédito: Anna Gonçalves/DeFato

O decreto assinado nesta terça-feira, 24 de julho pelo prefeito de Itabira, Ronaldo Magalhães (PTB), determinando a proibição de bebidas alcoólicas na Feira Livre, a partir do próximo sábado, 28, foi tema de debate na reunião ordinária da Câmara Municipal.

A discussão começou logo após a leitura de uma indicação, proposta pelo vereador e líder do governo na Casa, Carlin Filho (Podemos), reivindicando a realização da Feira Livre também aos domingos. Vereadores, então, aproveitaram a deixa para falar sobre a determinação da Prefeitura.

O vereador Reinaldo Lacerda (PHS) defendeu que os feirantes sejam ouvidos antes de se tomar qualquer decisão. “Não podemos proibir o pouco lazer que o itabirano tem. O decreto pegou a todos de surpresa e é no mínimo desrespeitoso com os barraqueiros e com quem frequenta a feira”, argumentou.

Os vereadores querem que os secretários de Agricultura, William Gazire, e Governo, Ilton Magalhães, compareçam à reunião de comissões nesta quinta-feira, 26 de julho, para que expliquem os motivos da decisão. O decreto 1.758 altera legislações anteriores que regulamentaram a Feira Livre de Itabira. Deste modo, só poderão ser vendidas bebidas alcóolicas com origens artesanais, atestadas pelos órgãos reguladores e embaladas, além de ter sido proibido o consumo no local.

A da indicação que pede a expansão da feira também aos domingos, Carlin afirmou que cerca de 70% das famílias que participam como vendedores na feira precisam dessa atividade para subsistir. “Foi a partir dessa informação que eu tive o cuidado de fazer essa indicação, para que a gente postergue esse dia da feira não só para o sábado, mas também para o domingo. Vamos criar mais lazer, uma vez que a cidade tem carência desse tipo de lazer, além de proporcionar novas oportunidades de renda à pessoas que estão desempregadas “, esclareceu.

Reinaldo mostrou-se solidário às colocações de Carlin, mas reforçou ao colega que a derrubada do decreto municipal é ainda mais urgente, uma vez que ele acaba com os principais atrativos da feira. “Eu concordo com o senhor, só peço para que assine conosco a solicitação para que os secretários compareçam a essa Casa. Sem os tira-gostos e as bebidas, praticamente não vai ter feira mais, sabemos disso”, finalizou o vereador.

Outro que comentou sobre o tema foi o vereador Heraldo Noronha (PTB). Em tom bem humorado, o parlamentar afirmou que “cortar a cachaça e cortar a cervejinha, tira a graça da feira toda”. “Beber uma cachacinha e tomar uma latinha, faz parte”, disse, defendendo que haja mais fiscalização para reprimir os baderneiros.

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