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Vice-cônsul colombiana é baleada em São Paulo

Vice-cônsul colombiana é baleada em São Paulo

Foto: reprodução

As buscas ainda seguem em andamento pela Polícia Civil de São Paulo para tentar identificar e prender outros envolvidos no atentado à vice-cônsul colombiana, Claudia Ortiz Vaca, em São Paulo. A tentativa de assalto ocorreu na manhã de ontem (14), na Avenida Nove de Julho, nos Jardins, na região central da capital paulista.  Ela caminhava pela calçada quando foi atingida por tiro.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo, a Polícia Militar acompanha os desdobramentos da investigação conduzida pela Polícia Civil. A polícia prendeu um dos homens, Bruno Narbutis Borin, e continua em busca dos outros suspeitos.

Segundo o boletim de ocorrência, o crime envolveu não apenas mais de um suspeito como também mais de uma vítima. Uma mulher de 43 anos, que estava dentro de um táxi sofreu a abordagem de três ladrões. Isso ocorreu na Avenida 9 de Julho, próximo ao cruzamento com a Alameda Lorena, nos Jardins. Um policial militar de folga, que passava pelo local, interveio, e disparou contra os bandidos.

A vice-cônsul da Colômbia em São Paulo passava a pé pela avenida quando o projétil a atingiu na altura da cintura. Conforme o Ministério das Relações Exteriores da Colômbia, Claudia passou por cirurgia e seu quadro de saúde é estável. Ela foi levada ao Hospital Albert Einstein. Segundo a mais recente atualização do Consulado colombiano em São Paulo, a condição da diplomata permanece inalterada, mantendo-se estável.

Como foi a abordagem dos ladrões?

A vítima do roubo, uma empresária de 43 anos, estava distraída dentro do táxi. Era por volta das 7h40 da manhã. Ela ia para a Barra Funda, na zona oeste, de onde tomaria um ônibus para São Sebastião, no litoral norte, para visitar a irmã, segundo contou em depoimento. O motorista conta ter visto dois ladrões se aproximarem e um deles quebrou o vidro.

Como o celular da mulher caiu no chão do veículo, um dos bandidos mergulhou dentro do carro. Ele começou a lutar com a vítima para pegar o telefone, enquanto ela gritava e tentava se esquivar da área onde havia vidro quebrado. O taxista afirma que pegou um deles pela camisa, mas o outro fez menção de pegar uma arma e, por isso, ele soltou o ladrão. Na sequência, ele relata ter avançado com o automóvel, um Toyota Corolla Cross, e ouvido disparos.

Segundo o boletim de ocorrência, o PM de folga relata que estava em um carro de aplicativo quando percebeu que ocorria um crime a alguns metros de distância. Ao perceber, contudo, um volume na cintura de um dos assaltantes, ele conta ter se identificado como policial. A perícia preliminar aponta que houve pelo menos quatro disparos, mas apenas um teria atingido a vítima.

Quem são os suspeitos de envolvimento no crime?

A polícia apura, então, a participação de ao menos três suspeitos no crime. Um deles – Bruno Narbutis Borin, de 19 anos – foi detido. Conforme informações preliminares da polícia, ele tem duas passagens por tráfico de droga, três por furto e uma por latrocínio. A defesa dele nega que tenha havido troca de tiros.

Segundo a SSP, os policiais militares abordaram o homem na Rua Manoel Dutra, enquanto tentava fugir em um veículo. O carro utilizado na fuga, um celular e uma quantia em dinheiro foram apreendidos. A Polícia Civil, porém, segue atrás de outros integrantes da quadrilha. Equipes da Corregedoria da PM e o Itamaraty também acompanham o caso.

O que disse o taxista?

Claudio Rodrigues, 49 anos, estava nesta sexta-feira, 14, no volante do Toyota Corolla Cross que foi alvo de uma tentativa de assalto na Avenida Nove de Julho, nos Jardins, em São Paulo. Ao Estadão, Rodrigues disse que pensou que morreria ao ver um dos suspeitos fazer o movimento de pegar uma arma. “Na adrenalina, tudo o que você pensa é sair dali”, contou. “Sou taxista desde 1997. Eu parei em 2016, mas voltei há dois anos e meio. Isso nunca aconteceu comigo. Não imaginava que fosse acontecer na Avenida 9 de julho, às 7h40 da manhã.”

O que alegou o PM que interveio assalto que terminou com diplomata baleada?

O policial militar de folga que interveio na tentativa de assalto na Avenida Nove de Julho, que terminou com a vice-cônsul da Colômbia em São Paulo, Claudia Ortiz Vaca, baleada, alegou em depoimento que um dos suspeitos, estava com um “volume na cintura”. O militar disse que se apresentou como policial por duas vezes e, ao ver o suspeito fazendo um “movimento estranho e rápido” de colocar a mão na cintura, abriu fogo contra os criminosos.

O registro da ocorrência está no 78º Distrito Policial (Jardins) como lesão corporal decorrente de intervenção policial, disparo de arma de fogo e tentativa de roubo. “A arma do policial foi apreendida para perícia, e todas as circunstâncias do caso estão sendo apuradas por meio de um inquérito policial”, disse a SSP. A Polícia Militar acompanha os desdobramentos da investigação conduzida pela Polícia Civil. As buscas prosseguem para identificar e prender o outro envolvido.

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