O vice-prefeito do município mineiro de Mateus Leme, região metropolitana de Belo Horizonte, foi preso por importunação sexual nesta quinta-feira (21). Anderson Wester de Sousa (Republicanos), de 54 anos, é acusado de dar “dois tapas na bunda” de uma funcionária da Prefeitura local, que registrou ocorrência na manhã de ontem.
Na denúncia, a faxineira, que teria sido vítima do assédio, afirma que estava varrendo a cozinha quando Anderson chegou. Após o ocorrido, ela demonstrou indignação e se deslocou ao quartel policial.
No depoimento, a vítima afirmou que não conseguia dizer se o comportamento do vice-prefeito tinha cunho sexual. No entanto, duas testemunhas, que presenciaram o fato, disseram à polícia já terem presenciado a faxineira reclamar do comportamento de Anderson em outras oportunidades, embora, dizem, não tenham percebido “maldade” na situação de quinta-feira.
A faxineira conta, ainda, sofrer com atos do vice-prefeito desde que começou a trabalhar na Prefeitura, entre eles beijos no pescoço e tapas na bunda. Quando reclamava, ouvia dele que eram apenas “brincadeiras”.
Avisado sobre a ida da vítima para a delegacia, Anderson Sousa também foi ao quartel. Lá, alegou ser homossexual e afirmou que suas atitudes eram uma brincadeira com ela e outras funcionárias da Prefeitura de Mateus Leme, que nunca demonstraram indignação. Ele ainda confirmou que deu um “leve tapa” na faxineira, mas como cumprimento, sem cunho sexual.
Em um comunicado, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou que, após análise dos fatos, “a Autoridade Policial ratificou a prisão em flagrante do suspeito, que foi encaminhado ao sistema prisional e segue à disposição da justiça”.
Nota oficial
Nesta sexta-feira, a Prefeitura de Mateus Leme ressaltou que “os fatos estão em apuração e as providências legais cabem ao Judiciário”. Segundo o município, “a servidora e o vice-prefeito continuam cumprindo com suas devidas funções normalmente no Executivo e, inclusive, estão trabalhando no dia de hoje (22)”.
O comunicado ainda diz que o caso está sob sigilo e segredo de Justiça. “Caberá ao Judiciário a palavra final. A atual administração municipal se colocou à disposição do fato ocorrido e que a verdade seja esclarecida”.
*Com informações do Estado de Minas