Estamos caminhando para o final da mais disputada eleição presidencial no Brasil, e que deverá ser decidida por uma pequena diferença de votos. O meu, o seu, o nosso voto nunca foi tão decisivo na escolha do modelo de País que teremos nos próximos quatro anos.
Eu tenho dito, e insisto, que não se trata de uma eleição, mas sim de um plebiscito entre o capitalismo de estado e o capitalismo de mercado. O nosso voto decidirá se o protagonismo do crescimento econômico será liderado pelo governo ou pela inciativa privada, se prosseguiremos com as reformas como a trabalhista, na busca de relações mais flexíveis entre capital e trabalho, ou se retrocederemos no cipoal de direitos que com o intuito de proteger o trabalhador acaba dificultando o emprego formal no Brasil.
Vamos na direção da reforma administrativa e tributária para tornar o estado mais enxuto e eficiente com mecanismos mais simples de arrecadação desonerando o consumo e tributando renda e patrimônio ou permaneceremos na injustiça arrecadatória que penaliza o cidadão no consumo e no salário?
Queremos um Estado inchado escolhendo empresas e setores para serem campeões nacionais ou um estado justo criando um ambiente de negócios favorável a todas as empresas do País?
Queremos um Estado empresário investindo o dinheiro do cidadão em empresas estatais geralmente deficitárias com gestão política e sujeitas a corrupção, quando se envolve dinheiro público com interesses privados, ou queremos um Estado enxuto e privatizante transferindo para o setor privado o protagonismo e o risco na produção de bens e serviços?
Reflita e escolha o Brasil que você quer, mas lembre-se da diferença entre projetos de poder e políticas de estado. Os projetos de poder alimentam a fome dos partidos políticos pela permanência no poder pelo poder, e as políticas de estado reformam e constroem um país para a geração atual e para as gerações futuras.
Rita Mundim é economista, mestre em Administração e especialista em Mercado de Capitais e em Ciências Contábeis
O conteúdo expresso neste espaço é de total responsabilidade do colunista e não representa a opinião da DeFato.