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Analista fala sobre o Núcleo de Inovação e Empreendedorismo do HNSD

Analista fala sobre o Núcleo de Inovação e Empreendedorismo do HNSD

Foto: Divulgação/HNSD

André Carvalho, de 28 anos, é analista de projetos de inovação no Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD), além de ser o responsável pelo Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da instituição. Para ele, nos últimos anos, com o boom da internet e das empresas de tecnologia, as pessoas passaram a enxergar a importância de conectar ideias para  gerar novos produtos e serviços, assim como otimizar processos internos.

Nesta entrevista, André Carvalho fala sobre inovação em saúde e como essa metodologia pode trazer resultados importantes para o setor, visto como um dos caminhos para o desenvolvimento e diversificação econômica de Itabira.

DeFato: Como a inovação é trabalhada no HNSD?

André: Tenho trabalhado para criar uma cultura de inovação em uma instituição hospitalar centenária, na qual venho introduzindo práticas de metodologias ágeis e desenvolvendo programas de inovação internos para o desenvolvimento de soluções para demandas da instituição.

DeFato: Quais os desafios internos para implantar a inovação?

Um dos maiores desafios de se trabalhar a inovação em uma instituição, sobretudo nas de modelo de negócio tradicional, é primeiro desmistificar o conceito de inovação. Quando falamos de inovação para o público em geral, as pessoas veem como uma palavra bonita, mas com o significado ainda muito distante, elas nem imaginam que a gente consegue inovar coisas simples, então poder fazer essa quebra de conceito e tornar a metodologia, ferramentas, e a mentalidade acessível para todo mundo poder tomar posse é algo que demanda um pouquinho.

Acredito que um segundo desafio seja manter a comunidade que está sendo gerada ativa e engajada no processo para que os colaboradores sintam-se confortáveis em expor suas ideias e participarem do processo de implantação de soluções na instituição.

DeFato: Qual o potencial da ideia de inovação no hospital?

André: É enorme, a gente enxerga vários caminhos que podemos seguir para inovação dentro do hospital. Eu enxergo que temos três linhas de trabalho bem promissoras:

  1. Melhorar os produtos e serviços que já oferecemos, seja para nosso cliente interno ou nosso cliente externo;
  2. Criar novos produtos/serviços para nossos clientes;
  3. Criar novos produtos/serviços para novos clientes.

DeFato: Qual o papel do setor no HNSD, na saúde, em Itabira e para outras empresas? Como o lançamento do hub de inovação vai ajudar nisso?

No HNSD, nosso papel é disseminar a cultura de inovação em todos os níveis, gerar um senso não só de pertencimento, mas de responsabilidade de todos os colaboradores para que eles possam ser protagonistas na mudança que queremos para instituição. O resultado desse movimento é a criação de uma comunidade engajada que está o tempo todo repensando a formas de fazer saúde, o que trás benefícios para nossa instituição e para a saúde da população de Itabira de uma forma geral.

Do ponto de vista de outras empresas, vejo que nosso papel é estimular as conexões que não são óbvias. É chamar essas empresas para cocriar soluções, valorizando o know how de cada uma, e auxiliar quando preciso na disseminação da inovação em ambientes externos.

Além dessa perspectiva, estimular a inserção de novos atores no ecossistema de inovação, acredito que podemos auxiliar estimulando o nascimento de uma cultura de inovação e empreendedorismo dentro de outras empresas ofertando serviços como programas de inovação, workshops e mapeamento de oportunidades.

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