O avanço da pandemia do coronavírus vem preocupando o país. E em Minas Gerais não é diferente. Após uma recente alta no número de casos de Covid-19, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), anunciou nesta quarta-feira (3) o endurecimento das medidas de enfrentamento ao vírus. Dessa forma, acrescentou a onda roxa ao protocolo do Minas Consciente — e os municípios nessa fase terão restrição de circulação de pessoas.
Nesse momento, as macrorregiões Noroeste e Triângulo Norte já foram incluídas na onda roxa e devem adotar as medidas mais rígidas a partir de quinta-feira (4). Ao todo 60 municípios, incluindo Uberlândia e Patos de Minas, que enfrentam o colapso das suas redes de saúde, deverão instituir o toque de recolher das 20h às 5h e aos finais de semana.
Além disso, as novas regras também incluem: a proibição de circulação de pessoas sem o uso de máscara de proteção, em qualquer espaço público ou de uso coletivo, ainda que privado; e a proibição de circulação de pessoas com sintomas gripais, exceto para a realização ou acompanhamento de consultas ou realização de exames médico-hospitalares.
A onda roxa, ainda, determina a proibição de realização de reuniões presenciais, inclusive de pessoas da mesma família que não coabitam; e a realização de qualquer tipo de evento público ou privado que possa provocar aglomeração, ainda que respeitadas as regras de distanciamento social.
Outras três regiões de Minas Gerais que estão na onda vermelha vêm sendo monitoradas diariamente e, caso não apresentem melhoras em seus indicadores, também migrarão para a fase roxa do Minas Consciente. São elas: Norte, Triângulo do Sul e Leste do Sul.
Ao contrário do que acontece com as ondas vermelha, amarela e verde, a fase roxa não é opcional. Assim, qualquer município que se enquadre na classificação mais severa do Minas Consciente será obrigado a adotar os protocolos de saúde determinados pelo Governo do Estado.
Panorama
Minas Gerais possui, neste momento, 74% de ocupação nos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 68,5% de enfermaria. Porém, em algumas cidades, os sistemas de saúde estão próximos de entrarem em colapso.
As macrorregiões Noroeste e Triângulo Norte, por exemplo, estão com 85% de ocupação dos leitos de UTI. Outro caso é a cidade de Montes Claros, onde os leitos clínicos do SUS chegam a 97% de ocupação.
Fiscalização
De acordo com o Governo de Minas Gerais, a fiscalização será feita pela Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), Corpo de Bombeiros e os municípios envolvidos — por meio dos seus órgãos de segurança pública, trânsito e posturas.
Saiba mais sobre a onda roxa
São considerados serviços essenciais em Minas:
- Alimentos, Agropecuária e Agroindústria (excluídos bares e restaurantes);
- Serviços de Saúde (atendimento, indústrias, veterinárias, etc);
- Bancos e seguros;
- Transporte público;
- Energia, gás, petróleo, combustíveis e derivados;
- Manutenção de equipamentos e veículos;
- Construção civil;
- Indústrias (apenas da cadeia de Atividades Essenciais);
- Lavanderias;
- Imprensa;
- Serviços de TI, dados, imprensa e comunicação;
- Serviços de interesse público (água, esgoto, funerário, correios etc.).