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Bactéria e possível falha de higiene podem ter causado contaminação alimentar em escola de São Domingos do Prata

Foto: Reprodução/Redes Sociais

Um relatório da Vigilância Epidemiológica de São Domingos do Prata apontou que a intoxicação alimentar coletiva, ocorrida na Escola Estadual Marques Afonso em outubro de 2023, foi provocada pela contaminação ou contaminação cruzada entre o arroz e salpicão que haviam sido servidos naquela data para mais de 100 estudantes. 

A bactéria Staphylococcus coagulase foi apontada como possível agente contaminante dos alimentos, junto de uma possível falha de higiene na manipulação dos mesmos – o que favoreceu ao adoecimento, já que a enterotoxina produzida pela bactéria é resistente às altas temperaturas e, somada à falta de ventilação da cozinha, pode ter facilitado a síntese da toxina e acarretado o surto na escola. 

Ainda segundo o relatório, foram coletadas amostras em um recipiente exclusivo para descarte, o que afastou a hipótese de contaminação pelo contato com outros materiais infectados. A coleta também localizou a bactéria em restos de comida de outros pratos utilizados na data do surto. 

O relatório também informou que a Secretaria de Estado de Educação visitará periodicamente a escola, ministrando treinamentos aos funcionários sobre o preparo e a conservação dos alimentos. O relatório também sugeriu a melhoria da ventilação e refrigeração da cozinha, além da elaboração de um manual de boas práticas e procedimentos padronizados para os funcionários. As informações foram veiculadas pelo portal “A Notícia Regional”. 

Relembre

Na tarde de 18 de outubro, policiais militares foram acionados a comparecer na Escola Estadual Marques Afonso, localizada no bairro Retiro, em São Domingos do Prata. Naquele mesmo dia, havia sido servida para mais de 100 alunos uma refeição composta com arroz, feijão, salpicão com maionese caseira. Segundo a diretora, por volta das 14h15, diversos estudantes e funcionários começaram a se sentir mal, com vômitos, dores abdominais e diarreia. 

Socorridas pelos bombeiros voluntários e ambulâncias, elas foram encaminhadas ao hospital municipal. Devido a grande quantidade de pessoas que estavam passando mal, alguns foram encaminhados para o Hospital de Nova Era e de João Monlevade

Em contato com o responsável pela vigilância sanitária, foi relatado que na inspeção foi verificado o uso da maionese no preparo do salpicão, o que é proibido. A vigilância interditou a cozinha da escola e recolheu amostras dos alimentos servidos aos alunos. 

 

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