Os caminhões contendo 520 mil ovos usados para produção de vacinas contra H3N2, produzidas pelo Instituto Butantan, chegaram ao seu destino com mais de oito horas de atraso, tudo graças ao bloqueio rodoviário promovido por manifestantes bolsonaristas. A liberação dos veículos só ocorreu após o instituto acionar a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo do Estado de São Paulo (SSP-SP) e pedir apoio.
As cargas, que ficaram presas em uma paralisação de caminhoneiros próximo à cidade de Jundiaí, interior de SP, receberam a escolta da Polícia Militar (PM) até a entrada principal do instituto.
Assim como qualquer matéria-prima que chega ao Butantan, os ovos serão avaliados por técnicos do instituto antes de seguir para a produção de 1,5 milhão de doses da vacina contra Influenza.
Anualmente, o Butantan fornece 80 milhões de doses desse imunizante ao Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI). As doses em produção serão destinadas à vacinação da população brasileira em 2023.
Ações
Os diretores da PRF afirmam que, até a meia-noite de ontem (31), os policiais rodoviários federais já haviam aplicado 182 multas de trânsito a pessoas flagradas obstruindo rodovias.
As punições administrativas para o bloqueio rodoviário podem variar de R$ 5.869,40 para quem utilizar veículos para bloquear rodovias a R$ 17.608,20 para quem estiver organizando as interdições. Além disso, as autuações podem servir de provas em ações judiciais que podem resultar em outras punições.
O presidente do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas, garantiu que houve “zero divergência” na auditoria das urnas ainda no domingo (30). Na manhã de hoje, postou que os manifestantes serão severamente punidos:
“Vivandeiras alvoroçadas tentam fabricar artificialmente clima de insurreição num país cujo povo trabalhador e ordeiro deseja paz. Serão severamente processados, responsabilizados civilmente e presos. De tão poucos, mal encherão um pavilhão de presídio federal”, diz o post.