O Brasil, nesse sábado (19), ultrapassou o triste número de mais de meio milhão de vidas perdidas na luta contra o coronavírus. O saldo de vítimas que a Covid-19 já deixou em 459 dias de pandemia, desde que o país confirmou o primeiro caso em março de 2020, é uma realidade dura.
Apesar de assistir uma queda considerável na média geral de perdas causadas pela doença (mais de 1 mil mortos por dia), o ritmo variou e subiu bastante desde o começo de 2021. No pior momento desse ano, em abril, o Brasil chegou a registrar média móvel semanal acima de 3 mil mortos diários. Nos últimos dias, essa média voltou a bater a marca de 2 mil vidas perdidas por dia.
De acordo com os dados atualizados do Ministério da Saúde, o total de mortos é de 501 mil. Os casos confirmados da doença somam quase 18 milhões e os recuperados passam dos 15 milhões. Em números totais, o Brasil segue como o segundo país com mais mortes por coronavírus registradas, atrás apenas dos Estados Unidos. Essa semana, os norte-americanos superaram as 600 mil vítimas. A Índia aparece em terceiro, com mais de 380 mil óbitos.
Situação de alerta
Alguns fatores geram alerta para a perspectiva da doença no país nesse segundo semestre. A taxa de transmissão (Rt) do coronavírus no Brasil, medida pelo Imperial College de Londres, subiu esta semana e está em 1,07. Isso significa que cada 100 pessoas com o vírus no país infectam outras 107.
O último boletim do Observatório Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado na quinta-feira (17), mostra que a ocupação dos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) está em situação crítica em 18 estados brasileiros e no Distrito Federal. Apenas dois estados, Acre e Rondônia, aparecem com alerta baixo. Além disso, Amazonas, Pará, Amapá, Paraíba, Espírito Santo e Rio de Janeiro estão com alerta “médio” de ocupação.