A chegada do outono e o início do período de tempo seco trazem uma conhecida preocupação: o aumento da incidência de doenças respiratórias, especialmente em crianças.
Somente no Hospital Infantil João Paulo II (HIJPII), da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), os atendimentos a pacientes com doenças respiratórias, que costumam ser próximos de 500 em outras estações, registram entre 1,5 mil a 2 mil atendimentos ao mês no período de clima mais frio e seco, sendo a bronquiolite a principal causa de internação. Até essa quarta-feira (20), já foram realizados 1.022 atendimentos com esse perfil.
Segundo a pneumologista pediátrica do HIJPII, Chaline Guimarães Mezêncio, a doença é causada pelo vírus sincicial respiratório, que pode levar, especialmente os bebês, a quadros de tosse, cansaço e falta de ar, com necessidade de uso de oxigênio e, algumas vezes, suporte ventilatório em Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).
Além da bronquiolite, gripes, resfriados e pneumonias também são comuns e podem ser ainda piores em crianças pequenas ou portadoras de asma e rinite alérgica.
“A maioria dos casos são resfriados e gripes, que podem levar a sintomas como febre, nariz entupido ou escorrendo, espirros e tosse. As crianças menores de 1 ano – principalmente as com idade abaixo dos seis meses – são as mais afetadas, podendo apresentar quadros mais graves, com muita dificuldade respiratória. Além delas, crianças prematuras, pacientes com síndromes e asmáticos também são mais acometidos e podem apresentar complicações”, afirma a pneumologista.