Site icon DeFato Online

Com índice de infestação em 9%, Itabira corre risco de surto de dengue

Brasil recebe remessa de 750 mil doses da vacina contra a dengue

Foto: Arquivo/DeFato

De acordo com o último Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) feito pela Secretaria Municipal de Saúde, Itabira corre risco de entrar em um surto de dengue. Até o presente momento, a cidade já confirmou 11 casos positivos da doença no município, que está com o índice de infestação em 9%. O ideal é que esse número fique abaixo de 1%.

De acordo com Natália Franco Barbosa de Andrade, superintendente de Vigilância em Saúde, Itabira superou a fase de alerta, que é quando os indicadores ficam entre 1% e 3,9%. 

Com este cenário, a superintendente reforça que a população faça a vistoria semanal de suas casas e quintais, além de receber o Agente de Combate às Endemias, funcionário preparado para orientar a população quanto aos possíveis criadouros: ‘‘Ele é o profissional que tem o “olhar técnico” para este fim e não vai até às residências para recolher lixo, o que ainda alguns munícipes pensa’’

‘‘Apesar de estarmos nos desdobrando para que os agentes de combate à endemias estejam cobrindo todas as residências e fazendo todas as orientações, percebemos que o vírus está circulando. É muito importante que a população tenha ciência disso e faça a revisão semanal’

Além dos 11 casos de dengue, também foram registrados 2 casos de zikavírus. No ano passado foram registrados 198 casos de dengue em Itabira, além de um caso positivo para chikungunya. Em 2021, foram 20 casos de dengue e um outro de chikungunya. 

Mesmo com esses dados, a superintendente ressalta que em 2021 e 2022, o número reduzido de casos foi fruto da subnotificação, ‘‘pois com a preocupação com a pandemia, outras doenças acabaram sendo negligenciadas’’.

A importância de fazer o combate dentro de casa

Fernanda explica que a fêmea do Aedes precisa do sangue para maturar os seus ovos, fazendo a postura nas paredes dos recipientes. Esses ovos podem ficar em estado de dormência por um ano, mesmo sem o contato com a água. Em contato com a água, eles eclodem e começam o seu ciclo. ‘‘Por isso é importante eliminar qualquer recipiente que acumule água, como pratinhos de plantas, vasilhas de animais, garrafas e pneus’’, ressalta.

Caso os ovos se transformem em larvas, os ACE aplicam o larvicida. A superintendente explica que caso o ciclo não seja interrompido, as larvas viram pupas, onde não existe nenhum produto capaz de eliminá-las, onde se pode apenas realizar o descarte da água. 

Sinais, sintomas e tratamento

Dor no corpo, cansaço, febre alta (> 38°), náusea, dor de cabeça, falta de apetite, indisposição, manchas vermelhas na pele, coceira. Esses são alguns dos sintomas de alguém que possa estar com Dengue.  O período do ano com maior transmissão da doença ocorre nos meses mais chuvosos de cada região, geralmente de novembro a maio. 

Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém as pessoas mais velhas e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte.

Ao apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados, todos oferecidos de forma integral e gratuita por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

O tratamento para infecção pelo vírus dengue é baseado principalmente na reposição volêmica adequada, levando-se em consideração o estadiamento da doença (grupos A, B, C e D) segundo os sinais e sintomas apresentados pelo paciente, assim como no reconhecimento precoce dos sinais de alarme.

Os pacientes que apresentam sinais de alarme ou quadros graves da doença requerem internação para o manejo clínico adequado. Ainda não existe tratamento específico para a doença.

 

Exit mobile version