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Comissão de Ética do Hospital Margarida está apurando o desvio de medicamentos feito por técnica de enfermagem 

Hospital Margarida, em João Monlevade, vai contar com Centro Regional de Tratamento de Feridas

Foto: Luciano Vidal/DeFato

Na noite da última ontem  (24), uma técnica de enfermagem, de 24 anos, foi presa pela Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) em João Monlevade, após ser flagrada com remédios desviados do Hospital Margarida, onde ela trabalha. Após o ocorrido, a unidade de saúde anunciou que a Comissão de Ética de Enfermagem está avaliando e apurando o caso.

A informação veio através de uma nota oficial, divulgada nesta quinta-feira (25), nas redes sociais do Hospital Margarida. Além disso, “medidas previstas na legislação trabalhista já estão sendo tomadas” pela entidade.

Mais cedo, o Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD), que também foi vítima da ação da ex-colaboradora, emitiu um comunicado oficial se dizendo “estarrecido e indignado, quanto ao ocorrido”. Conforme o centro médico-hospitalar de Itabira, a técnica de enfermagem já não integra mais o seu quadro de profissionais. Ela teria trabalhado no hospital entre 7 de março de 2022 e 6 de dezembro de 2023 — e durante esse período não foi constatado nenhum desvio de conduta por parte dela. Clique aqui para conferir o comunicado na íntegra.

Segundo a Polícia Militar, a mulher estava na garupa de uma motocicleta quando foi abordada na rua Brasília, no bairro Baú. Durante a busca pessoal, foram encontradas com a mulher duas ampolas de dipirona, um frasco de Nosopril, cinco agulhas e uma seringa.

Para os policiais, a mulher disse que os medicamentos eram do Hospital Margarida, onde ela trabalha como técnica de enfermagem. Ao ser questionada sobre o motivo de estar com os materiais, ela primeiro alegou que “esqueceu no bolso”. Em seguida, acabou confessando que tomou posse deles e que havia outros itens e remédios na sua casa. A técnica de enfermagem também revelou que parte dos materiais foram desviados do Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD), em Itabira, onde também trabalhava.

Segundo o relato da mulher aos policiais, ela se apossava dos materiais e remédios quando o paciente se recusava em ser medicado, quando tinha previsão de alta ou quando já tinha sido liberado, ainda que houvesse determinação médica no sentido de ministrar o remédio. Dessa forma, ela não aplicava o medicamento nos pacientes e levava os kits para casa.

Porém, a técnica de enfermagem não explicou qual destino dava aos materiais e remédios, assim como não revelou desde quando vinha cometendo os desvios. A mulher foi presa e encaminhada para a Delegacia de Polícia Civil; os itens foram apreendidos.

 

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