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Cuidado com os ouvidos: uso exagerado de fones pode levar a surdez, aponta especialista da FSFX

Foto: Dra. Soraya Alves - Reprodução: FSFX

Foto: Dra. Soraya Alves - Reprodução: FSFX

A princípio, segundo os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), há no mundo 1,5 bilhão de pessoas com algum grau de deficiência auditiva, sendo, no Brasil, pelo menos 2,3 milhões. O alto índice chama atenção por estar relacionado com a falta de cuidados e a alta exposição a ruídos contínuos.

Prevenção da Surdez

No último domingo (10), foi celebrado o  Dia Nacional de Prevenção à Surdez. Com o objetivo de conscientizar a população e, sobretudo, divulgar formas de prevenir a doença. Soraya Alves atua como médica otorrinolaringologista pela Fundação São Francisco Xavier (FSFX). Ela explica que cuidados básicos são essenciais para a prevenção da surdez.

“De acordo com a OMS, o nível de som seguro é de até 80 a 85 decibéis. Portanto, é preciso ter cuidado em atividades de lazer, trabalho e até mesmo no dia a dia, pois exposições acima desse nível exigem equipamentos de proteção auditiva para prevenir lesões permanentes”, orienta.

Uso de fones de ouvido

A médica ainda destaca que o uso de fones de ouvido de forma indiscriminada prejudica a saúde auditiva.

 “O uso prolongado de fones de ouvido e, em volumes altos, pode provocar lesões auditivas, muitas vezes irreversíveis. O fone é uma fonte sonora muito próxima do ouvido. O ideal é usá-lo no menor tempo possível e na intensidade mais baixa. Quanto mais tempo e maior o volume, mais aumentam as chances de desenvolver problemas auditivos”, explica.

Soraya também pontua que não existem diferenças entre os tipos de fone em relação ao risco de perda auditiva; ou seja, se o aparelho for intra-auricular ou headset, isso não vai influenciar. O risco maior está relacionado ao volume, ao tempo de exposição e à intensidade do som. A médica orienta sobre os modelos com cancelamento de ruído, que ajudam a eliminar sons externos e, consequentemente, permitem o uso do volume mais baixo.

Crianças e adolescentes precisam de atenção máxima quando o assunto é saúde auditiva, principalmente em relação ao uso de fones de ouvido, uma vez que, nessa fase, o órgão tem uma sensibilidade maior, o que facilita a possibilidade de perda auditiva na vida adulta.

Recomendações

Além disso, a perda auditiva pode não ser percebida de imediato. A otorrinolaringologista orienta que todas as pessoas com exposição a ruídos e que utilizam fones de ouvido com frequência tenham o hábito de realizar audiometria anualmente.

“A saúde auditiva é essencial para o bem-estar e, ao cuidar da audição, estamos investindo em qualidade de vida a longo prazo. Dessa forma, as pessoas que trabalham ou se divertem em ambientes ruidosos, seja na indústria, em shows ou eventos barulhentos, são aconselhadas a utilizar protetores auditivos e a realizar exames de audiometria regularmente. E, para quem utiliza muitos fones de ouvido, o principal é ficar atento ao volume para evitar a surdez precoce”, pontua Dra. Soraya Alves.

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