O Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD) realizou ontem (20) a captação e retirada de órgãos de um doador com morte encefálica, caracterizada pela completa e irreversível parada de todas as funções do cérebro. A equipe do MG Transplantes, órgão responsável por regular as etapas desde a notificação até a distribuição dos órgãos e tecidos, esteve presente todo o tempo.
Esta foi a segunda vez que uma doação de órgãos é feita via HNSD. A primeira vez ocorreu em 2020, quando o jovem itabirano Martinho Oliveira Júnior teve morte cerebral e sua família autorizou a doação.
Em nota divulgada à imprensa, o diretor executivo do HNSD, Alexandre Coelho, reforçou a importância do ato e parabenizou a família do doador: “Neste momento tão sensível, o HNSD presta todo o apoio necessário com seus profissionais, mas sobretudo, com empatia. Parabenizamos a família pela atitude e, também, o doador por este ato de amor que valoriza a vida”.
Saiba mais sobre a doação de órgãos
A decisão da família precisa ser rápida, cada minuto é decisivo neste processo. Um “sim” para a doação, pode salvar até oito vidas. Milhares de pessoas estão na fila aguardando o momento de serem chamadas para o transplante.
Segundo a coordenadora de enfermagem da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), Edilene Aparecida dos Santos, quando há suspeita de morte encefálica, é feita a abertura de protocolo, em seguida, a equipe médica setorial, a psicologia e a assistência social, acionam a família e explicam que há possibilidade de doação de órgãos. Caso a família autorize, são realizados exames específicos com foco nesta escolha. “A decisão pela doação é exclusiva da família”, enfatiza a enfermeira.
Edilene reforça que o papel do hospital neste contexto é de informar que,havendo morte encefálica, há a possibilidade de doação de órgãos e realizar o que é orientado pelo Organização de Procura de Órgãos (OPO) Vale do Aço e MG Transplantes, “organizando a parte burocrática necessária, realizando os exames que precisam ser feitos no paciente antes que ele seja direcionado ao bloco cirúrgico para retirada dos órgãos a serem doados”, explica.
“É fundamental que os indivíduos manifestem previamente aos seus familiares o desejo de serem doadores, pois a autorização familiar é imprescindível para a continuidade do processo. Seja um doador, manifeste este desejo para sua família. A doação salva vidas!”