Ex-administrador de Ipoema e atual presidente do partido Progressistas em Itabira, Luiz Carlos fez duras críticas à gestão Marco Antônio Lage (PSB). Em entrevista concedida do programa Vagner Ferreira, na Rádio Caraça, o líder do diretório itabirano do PP acusou a Prefeitura de não dar a devida atenção ao distrito.
Para isso, Luiz Carlos citou dois exemplos. O primeiro deles foi a falta de resposta da Administração Municipal sobre uma emenda parlamentar de 2020, no qual foram destinados R$ 50 mil para a compra de um veículo para o PSF de Ipoema. Porém, o carro nunca chegou à unidade de saúde.
“Em 2020, foi colocado um valor de R$ 50 mil reais, é uma aquisição de um veículo para atender o PSF de Ipoema. Este valor está na conta da Prefeitura desde 2020 e até hoje o veículo não chegou ao distrito. Esses dias fiz o ofício para a Secretaria de Saúde e também pro gabinete pedindo a placa e onde esse veículo está”, diz ele.
O ex-administrador de Ipoema também prometeu levar o caso ao Ministério Público. “(Está na conta da Prefeitura) Desde 2020, no fundo de saúde, aí é a Prefeitura que deve fazer a compra. Eles não fizeram e nem deram satisfação sobre o que foi feito. Aí estou fazendo um ofício e depois que sair do programa vou passar no Ministério Público para fazer a denúncia lá também”.
Reforma de cemitério
Outro ponto de reclamação de Luiz Carlos diz respeito à revitalização do cemitério de Ipoema, realizada em 2021. À época, a obra foi viabilizada por meio de recursos obtidos pelo deputado federal Marcelo Aro (PP). Recursos que seriam destinados, inclusive, a outras medidas.
“Eu fiz um ofício para a Secretaria de Obras, ela até me respondeu, foi a única que respondeu, foi R$ 600 mil que o deputado colocou. E eu perguntei a ela quanto que sobrou, o talude com menos de um ano caiu e perguntei pra ela quando que vai arrumar e quem vai arcar com o prejuízo. Porque o prefeito gravou um vídeo lá em cima, falando que era ele que estava fazendo, que ia colocar mais recurso, o que é mentira, porque sobrou até R$ 144 mil. E esse dinheiro, Vagner, já rendeu R$ 12 mil de juros. E aquele dinheiro foi colocado, na época que o deputado indicou, não só para realizar essa obra. Tínhamos o compromisso, também, com várias comunidades, como a Chapada de Ipoema, Macacos, Barroso, que é perto das duas pontes, Maná, uma ponte expensa, e nos outros três lugares que eu falei antes eram (para ser colocados) três poços artesianos. O pessoal bebe água de brejo, dá dó, e quando dá época de seca, até a água do brejo seca. É desumano”.
Questionado se tais situações poderiam ocorrer por “picuinha” política, Luiz Carlos diz acreditar que não. “Ô, Vagner, eu já pensei isso, e já conversei com algumas pessoas do próprio governo que são amigos meus. Eles acham que é incompetência, nada caminha. E parece até uma maldição, as estradas acabou [sic] tudo, eu tô com pena de Ipoema. Pena dos comerciantes, os turistas sumiram, não tá vindo ninguém, não tem estrada. Foi construída muita coisa com mentira, e as coisas com mentira não caminham”, finaliza.
No dia 28 de abril, a Prefeitura de Itabira foi procurada pela reportagem para que desse sua versão sobre os temas, mas não respondeu ao contato. O espaço segue aberto para eventuais esclarecimentos.