A presença de helicópteros sobre a planta produtiva da Vale em Itabira despertou a atenção de moradores nesta e na semana anterior. A mineradora informou que concluiu, na segunda-feira (22), a primeira fase do levantamento de dados de suas estruturas geotécnicas, por meio de aerolevantamento.
De acordo com a Vale, não há alteração na condição de estabilidade das barragens no município. “O aerolevantamento também está sendo feito em outras barragens no Quadrilátero Ferrífero e integra as ações da empresa para reforçar o controle de suas estruturas, visando a aumentar a segurança das comunidades e de suas operações”, manifestou a empresa, em resposta enviada a DeFato.
A mineradora detalhou que o trabalho de aerolevantamento coleta informações por sensores eletromagnéticos operados por helicópteros. Segundo a empresa itabirana, a tecnologia é inédita na mineração e vai assegurar mais agilidade, acessibilidade e precisão às informações sobre as barragens, cavas e reservatórios.
O cronograma para finalização do trabalho é avaliado e as comunidades próximas às estruturas serão informadas previamente. A Vale informou ainda que a atividade tem autorizações previstas pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e Ministério da Defesa.
Balanço Vale+
A Vale divulgou, nessa quinta-feira (25), o Balanço Vale+ de 2020, relatório com informações sobre sua atuação econômica, social e ambiental. A companhia informou que 98 Planos de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBMs) já foram implantados em Minas Gerais. Eles englobam 126 estruturas, em mais de 15 municípios.
Os PAEBMs incluem ações como cadastro de todos os residentes e estabelecimentos localizados na Zona de Autossalvamento (ZAS), instalação de sinalização de emergência e definição de pontos de encontro, orientação da população sobre rotas de fuga, simulados internos e externos e testes do sistema de alerta de barragens.
O balanço cita a testagem de 150 sirenes em 2020, em parceria com as Defesas Civis estadual e municipais, com o objetivo de assegurar o adequado funcionamento dos equipamentos.
Em Itabira, a programação de teste sonoro começou em 4 de março e se repetirá mensalmente, na mesma data. O município tem 42 sirenes, localizadas em áreas estratégicas. O dado é da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (Compdec).
“Há, ainda, os testes silenciosos das sirenes, realizados semanalmente pelos Centros de Monitoramento Geotécnico (CMGs), localizados na Mina de Águas Claras, em Nova Lima, e na Mina de Conceição, em Itabira. Eles monitoram todas as barragens da Vale em Minas Gerais, 24 horas por dia, sete dias por semana, utilizando uma série de instrumentos de alta tecnologia”, reforça a Vale.