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I Seminário Funcesi Azul: roda de conversa com autoridades discute desafios enfrentados por autistas; saiba mais

Foto: Divulgação

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No dia 3 de abril, o auditório do Centro Universitário Funcesi, em Itabira, será palco da roda de conversa “Inclusão: Autismo e Ações Sociais para uma Sociedade Mais Acolhedora”, organizada pela advogada Amanda Teixeira, presidente da AMA (Associação de Mães, Pais e Amigos de Autistas de Itabira). A ação integra o “I Seminário Funcesi Azul – Autismo: Entender Para Acolher”, evento que busca sensibilizar e engajar a sociedade no debate sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

A roda de conversa contará com a presença de importantes autoridades locais, incluindo o prefeito Marco Antônio Lage, o presidente da Câmara Municipal, Carlos Henrique Silva Filho, o médico neurologista e ex-presidente da Funcesi, Dr. Júlio Tércio de Alvarenga, e os promotores de justiça Dr. Renato Ângelo Salvador Ferreira e Dr. Bruno Oliveira Müller.

Amanda Teixeira, referência na luta pela inclusão das pessoas com TEA, destaca que o acolhimento dessa comunidade é uma questão complexa que envolve tanto o poder público quanto a sociedade.

“O acolhimento da comunidade TEA é uma questão complexa e multifacetada, envolvendo tanto o poder público quanto a sociedade em geral. A avaliação desse acolhimento depende de diversos fatores, como a conscientização sobre o autismo, o acesso a serviços especializados, o preconceito e as atitudes sociais em relação às diferenças. O poder público tem avançado em algumas áreas, com a criação de leis municipais, estaduais e federais. Contudo, a implementação dessas políticas nem sempre é eficaz e pode ser desigual, variando muito de acordo com a região e a gestão pública local”, explica.

Amanda também compara a realidade de Itabira com outras localidades. Segundo ela, enquanto em Itabira há um empenho considerável por parte dos políticos e da sociedade civil para promover políticas públicas inclusivas, em outras regiões o acesso a serviços especializados ainda é limitado, dificultando o processo de inclusão. “Em Itabira, vemos a empatia e o acolhimento dos nossos políticos, que estão empenhados juntamente com a sociedade em promover políticas públicas para pessoas com TEA e familiares. Mas, em algumas localidades, ainda há escassez de serviços especializados, como terapias e acompanhamento multidisciplinar, o que impacta negativamente no processo de inclusão da pessoa com TEA”, enfatiza.

Apesar do progresso na conscientização sobre o autismo, a presidente da AMA alerta para o longo caminho que ainda precisa ser percorrido. “Ainda há um longo caminho a percorrer. A conscientização sobre o autismo tem melhorado, especialmente com o aumento da visibilidade de iniciativas de apoio e campanhas de sensibilização. No entanto, a falta de conhecimento sobre as características do transtorno e os desafios que as pessoas com TEA enfrentam leva, muitas vezes, a atitudes preconceituosas e a um ambiente pouco acolhedor. A inclusão social ainda é um grande desafio, especialmente em ambientes como escolas, locais de trabalho e espaços públicos”, destaca. 

Por fim, Amanda ressalta algumas das medidas essenciais para uma evolução mais consistente no processo de inclusão.

 “Embora tenha havido avanços na inclusão de pessoas com TEA, as barreiras a serem superadas são significativas. A continuidade do trabalho de conscientização, a capacitação de profissionais, a melhoria das políticas públicas e o engajamento da sociedade são essenciais para construir uma sociedade mais acolhedora e inclusiva para todos, independentemente das suas diferenças”, finaliza.

Sobre os participantes do evento: 

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