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Informação sobre “remédio contra o coronavírus” faz medicamentos sumirem de farmácias de Itabira

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Foto: Reprodução redes sociais

A informação de que um remédio usado na cura da malária e controle do Lúpus estaria tendo bons resultados quando testado para novo coronavírus levou os itabiranos a uma corrida às farmácias da cidade em busca do medicamento. Trata-se da fórmula Hidroxicloroquina. A maioria dos estabelecimentos confirmou que está com o estoque zerado e não há previsão de reposição.

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O remédio ficou disputado depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez um pronunciamento nesta quinta-feira (19) pedindo ao FDA  (Food and Drugs Administration), órgão regulador de remédios no país, a rápida aprovação do Hidroxicloroquina para casos de novo coronavírus. A eficácia do medicamento em relação à cura do coronavírus ainda está em fase de pesquisas.

Todas as farmácias procuradas pela redação da DeFato Online relataram que a procura pelo fármaco nessa quinta foi absurda e resultou na extinção dos produtos nas prateleiras. “Está impossível atender o balcão e os telefones hoje com a procura desse remédio. Além de tudo ele está em falta no mercado, não há previsão de reposição nas farmácias”, disse a funcionária de uma das lojas.

A farmacêutica Karina Ribeiro, da Rede Minas Farma contou que ontem o estabelecimento vendeu o estoque referente a um ano do medicamento. “O Reuquinol de 400 mg, que tem na sua fórmula o Hidroxicloroquina, é um remédio muito específico usado em casos de malária ou lúpus. Ontem vendemos absolutamente todas as caixas que tínhamos para o fornecimento previsto para um ano aqui na farmácia.”

Ainda de acordo com Karina, a procura pelo remédio continua. “Nosso telefone não para de tocar, quando não é procurando máscaras e álcool em gel, é o Reuquinol. Que agora, inclusive, não tem previsão de reposição no mercado”, explicou.

Cautela

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou nessa quinta-feira que não tem recomendação para uso de medicamentos que contém hidroxicloroquina e cloroquina no tratamento da Covid-19.

“Apesar de promissores, não existem estudos conclusivos que comprovam o uso desses medicamentos para o tratamento da Covid-19. Assim, não há recomendação da Anvisa, no momento, para o uso em pacientes infectados ou mesmo como forma de prevenção à contaminação. Ressaltamos que a automedicação pode representar um grave risco à sua saúde”, afirmou a agência, em nota.

Remédios básicos em falta

Outro ponto destacado pela farmacêutica foi o aumento da procura de remédios básicos como Dipirona, Tylenol e Paracetamol. “As pessoas estão começando a estocar esses remédios mais básicos. Nossa demanda está enorme. A venda desses nomes nas farmácias não param de crescer”, finalizou.

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