Site icon DeFato Online

Itabira implanta o Sistema de Monitoramento Inteligente da Dengue; saiba mais

Governo federal vai investir R$ 1,5 bilhão no combate à dengue

Foto: shammiknr/Pixabay

No final de setembro e início de outubro, o período chuvoso recomeça em Minas Gerais — e, com ele, há o risco de aumento nos casos de arboviroses — dengue, zica vírus e chikungunya. Para combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor das enfermidades, Itabira implanta a partir do próximo mês, o Sistema de Monitoramento Inteligente da Dengue (MI-Dengue), programa criado em uma parceria entre a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a empresa Ecovec.

O objetivo do sistema é acompanhar, em tempo real, os mosquitos Aedes aegypti — especialmente as fêmeas grávidas — permitindo que medidas eficazes de prevenção e controle do vetor sejam adotadas pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

O sistema de monitoramento conta com a instalação de armadilhas para a captura do vetor. A partir daí, é possível detectar o vírus do mosquito e antecipar o resultado da circulação viral, ou seja, o nível de infestação, além de conferir a incidência dos quatro sorotipos da dengue (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4), zica, chikungunya e febre amarela. Em Itabira, serão implantadas cerca de 320 armadilhas.

O investimento no MI-Dengue é de R$ 286 mil. O recurso é proveniente da Portaria nº 3.214/2024, que autoriza o governo federal o repasse financeiro emergencial de custeio de resposta a emergências em saúde pública da Vigilância em Saúde do Sistema Único de Saúde (SUS). O documento é de fevereiro deste ano, época em que todo o País enfrentava a pior epidemia de dengue da história.

De acordo com as diretrizes de utilização do sistema, a equipe da Secretaria de Saúde passará por um treinamento no fim deste mês, já que os agentes de combate a endemias (ACE) são os responsáveis por coletar e enviar as amostras. A partir da primeira semana da implantação das armadilhas, serão geradas informações em tempo real para que a prefeitura possa elaborar estratégias de combate às doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

Outras informações

Os produtos utilizados nas armadilhas — o MosquiTRAP e o AtrAedes — foram desenvolvidos por pesquisadores do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG. O MosquiTRAP é um simulacro de vaso preto, com água ao fundo, simulando o criadouro do Aedes aegypti.

O AtrAedes (fabricado em forma de pastilhas) é depositado no equipamento e libera um odor que atrai a fêmea adulta do mosquito. Ao entrar na armadilha, o inseto fica preso a um cartão adesivo e não consegue depositar os ovos. Por meio da análise do cartão, é possível detectar a concentração do mosquito na região onde a armadilha foi instalada.

A tecnologia utilizada pelo MI-Dengue está sendo aplicada em várias cidades do Brasil e também já foram testadas e exportadas para países como Alemanha, Austrália, Cingapura e Panamá.

Sobre a Ecovec

A Ecovec é uma empresa que utiliza da biotecnologia e sistemas de atuação pioneira na aplicação de tecnologia para auxiliar gestores públicos na tomada de decisão e gestão dos municípios. Ela foi criada na UFMG a partir do Fundo FINEP Verde Amarelo para cooperação universitária-empresa.

As tecnologias da Ecovec são desenhadas para aplicação na saúde pública brasileira, estimulando a pesquisa na universidade e desenvolvendo suas aplicações em serviços para a população. A empresa especializou-se na pesquisa e desenvolvimento de serviços de inteligência para monitoramento de vetores e gestão em saúde, com foco na dengue.

* Com informações da Prefeitura de Itabira.

Exit mobile version