Site icon DeFato Online

“Já enfrentei o câncer por duas vezes”, diz itabirana que pede ajuda para comprar medicamento

Foto: arquivo pessoal

A itabirana Cássia Augusta Silva Costa, de 39 anos, depende da solidariedade das pessoas para conseguir continuar seu tratamento para o câncer e conseguir sobreviver. Só o medicamento Niraparib pode dar mais tempo de vida a ela. Uma caixa do Niraparib com 55 cápsulas custa em média 23 mil reais, ela deve tomar duas vezes ao dia e o uso do medicamento é contínuo.

Primeiro diagnóstico

Foi ao tomar banho que Cássia sentiu algo diferente em seu seio direito. Percebeu que era um nódulo e precisava ser investigado. Ela relatou que sempre fazia os exames preventivos mas, dessa vez, antecipou a consulta.

“Não me preocupei porque não havia histórico de câncer de mama na família. Eu estava para fazer 34 anos e pensava que o risco era só após os quarenta anos. Além disso, sempre fui uma pessoa com hábitos saudáveis. Sempre me alimentei muito bem, não bebo e não fumo. Não imaginava! Para mim era um cisto ou uma inflamação, realmente não desconfiei”, conta Cássia.

Então, em 2016, após todos os exames realizados veio a triste notícia: Cássia estava com câncer de mama. “Ao receber a notícia eu fiquei completamente sem reação. Minha prima quem foi pegar o resultado comigo. Eu olhava para ela e ela estava chorando. É como se eu estivesse fora de órbita. Logo depois, caiu a ficha e fui chorar”, disse.

Apesar de tudo, Cássia estava otimista. “Tive uma rede de apoio muito boa, tanto do pessoal do centro do Viva Vida quanto da minha família e amigos. Eu recebi o diagnóstico no dia 5 de setembro de 2016. Fui para BH e no dia 26 de setembro já estava fazendo minha primeira quimioterapia. Em setembro de 2017 eu já tinha terminado o ciclo de tratamento”, relata.

Depois desse período conturbado, ela estava mais tranquila porque tinha feito um exame e estava tudo bem. A mastologista disse que o resultado da biopsia dizia que em nenhum dos fragmentos foi encontrado células cancerígenas. Então, ela deveria fazer apenas controles rotineiros.

Segundo diagnóstico

A vida seguia da melhor forma possível até que em julho de 2021, ao fazer exame de rotina das mamas, o médico identificou pequenas calcificações em sua mama. Coincidentemente, na mesma semana, ela começou a sentir dores abdominais. Por isso, foi procurar ajuda. O primeiro diagnóstico foi apendicite e era alarme falso. Após a realização de vários exames, uma notícia veio para abalar o estado emocional de Cássia. Dessa vez, o câncer era no ovário.

“Foi uma situação totalmente diferente da primeira. Eu tive uma decepção. Onde eu errei? Achei que fosse uma metástase e não foi. Eu fiquei um pouco decepcionada com Deus. Estava um pouco revoltada. Tive que iniciar o tratamento pela segunda vez. Bateu uma tristeza! Passar por tudo de novo era muito ruim. O cabelo ia cair, ia perder as sobrancelhas, os cílios e sabia exatamente como as coisas iriam acontecer. Além disso, não poderia ter filhos biológicos. Tinha se passado apenas cinco anos que fui diagnosticada com câncer pela primeira vez”, relembra.

A partir daí, Cássia teve que iniciar mais uma vez a quimioterapia. E passou por tudo novamente. “Em questão da vaidade foi mais tranquilo da primeira vez. O cabelo eu sabia que ia crescer, então não me importei tanto. A gente sente um baque no decorrer do tratamento porque a gente vai perdendo sobrancelha e cílios. Aí você vai assustando porque passa a não ter muita fisionomia. A sobrancelha é um marco no rosto. Quando perde os cílios, o olho vai ressecando e os efeitos colaterais vão surgindo. Você não pode fazer unha por questão de risco de infecção, dependendo da medicação, se tiver anticoagulante, você não pode sofrer nenhum corte. A gente vai sentindo isso”.

Mutação genética

Quando o tratamento da quimioterapia chegou ao fim, a médica de Cássia resolveu investigar o motivo da reincidência do câncer. Foi realizado um exame e foi diagnosticado que ela tem uma mutação genética. Portanto, a predisposição para desenvolver o câncer. O único medicamento capaz de ajudar no tratamento de Cássia é o Niraparib.

 Ele é um inibidor de PARP, para o tratamento de manutenção do câncer no Brasil. O medicamento é indicado para pacientes com tumor ovariano recém-diagnosticadas ou com recidiva após quimioterapia e reduz o risco de progressão da doença. Infelizmente, devido ao preço muitas pessoas não conseguem adquirir o medicamento. 

Vakinha

Por isso, ela resolveu pedir ajuda através uma vakinha on-line. O objetivo é arrecadar dinheiro para a compra do medicamento. Quem quiser contribuir, pode entrar em contato pelo WhatsApp (31) 99805-6309 , doar diretamente pelo link da vakinha ou fazer um Pix para: Chave Pix email: cassia_scosta@yahoo.com.br

“Entrei na justiça mas ainda não tive resposta. Pedi ao Estado para que ele possa me fornecer. É liberado pela Anvisa mas não conta no hall da ANS. Eu estou chegando no limite do prazo para tomar meu medicamento. Preciso começar o mais rápido possível. Meu tempo está acabando”, desabafa Cássia. 

Exit mobile version