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Metabase mostra preocupação com clube próximo à Itabiruçu e cobra posicionamento da Vale

Clube do Sindicato Metabase está próximo à barragem de Itabiruçu - Foto: Divulgação

O Sindicato Metabase encaminhou um ofício à Vale requerendo informações sobre a situação da barragem de Itabiruçu. Diretores afirmam que foram procurados por associados preocupados com a proximidade entre o clube social da entidade e a estrutura de contenção, elevada recentemente para o nível 1 de risco de alerta.

Os sindicalistas citam o exemplo do presídio de Itabira, vizinho ao clube, que foi interditado parcialmente na última semana, a pedido da juíza Cibele Mourão, logo após a elevação da barragem para o nível 1. A unidade prisional está impedida de receber novos presos em flagrante. Além disso, detentos de outras comarcas serão transferidos.

“Devido ao presídio ser próximo do clube e sua consequente sua interdição parcial, e devido à paralisação da Itabiruçu pela Vale, algumas pessoas me procuraram para tirar dúvidas. São questionamentos que temos de dar uma resposta e somente a Vale poderá responder”, comentou o presidente do Metabase, André Viana.

Diretor social do Metabase e responsável pela administração do clube, José Alberto Miguel “Negão” entende que é natural a apreensão dos associados, tendo em vista as últimas notícias sobre barragens em Minas Gerais e em Itabira. Para acalmar os frequentadores, a entidade aguarda a resposta por parte do gerente da Vale no município, Rodrigo Chaves.

Na rota

Reportagem de DeFato Online veiculada em agosto, logo depois do simulado de evacuação realizado em Itabira, mostrou que o presídio do município seria atingido pela lama de rejeitos de Itabiruçu em apenas seis minutos. Por ser muito próximo à unidade, o clube do Metabase também está incluindo nesse cenário.

A região onde estão o clube e o presídio é descrita pela Agência Nacional de Mineração (ANM) como zona de autossalvamento (ZAS). Significa que em caso de qualquer emergência os próprios frequentadores devem adotar medidas de proteção.

Apesar da preocupação, o presidente André Viana ressalta que a elevação do risco para o nível 1 não requer nenhum alarde e principalmente deslocamento das pessoas. “Conhecemos os níveis de risco e sabemos que a população não preciso ficar alarmada, mas precisamos de um laudo técnico, uma informação oficial da empresa para tranquilizar as pessoas que nos procuram”, disse.

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